Missionários Salesianos detidos são libertados pelo governo da Etiópia
O governo local está aumentando seu controle sobre as organizações internacionais, especialmente aquelas ligadas à Igreja Católica.
Etiópia – Addis Abeba (17/11/2021 09:58, Gaudium Press) No último sábado, 13 de novembro, sete missionários salesianos que haviam sido detidos recentemente na capital etíope de Adis Abeba, foram libertados pelas autoridades locais após serem apresentados perante o tribunal e pagarem fiança.
No dia 5 de novembro, a casa salesiana de Gottera, em Adis Abeba, foi invadida pelas autoridades policiais. Na ocasião, 17 pessoas, entre funcionários, irmãos religiosos e leigos, foram presas e levadas para um local secreto sob a acusação de apoiar os combatentes Tigray.
Perseguição religiosa
Recentemente o governo federal declarou estado de emergência em meio ao conflito em curso entre as tropas do governo e rebeldes na região de Tigray. Por conta disso, as autoridades governamentais intensificaram a perseguição às pessoas suspeitas de serem apoiadoras dos rebeldes Tigray.
“Ainda não conseguimos compreender as motivações para um ato tão grave. Por que prender sacerdotes que exercem a sua missão de educação, em um centro que sempre se empenhou em fazer o bem, muito frequentado durante anos por tantas crianças, onde se recuperam crianças de rua? Prenderam o provincial, sacerdotes, diáconos, pessoal da cozinha. Soubemos de incursões e buscas em outras casas religiosas”, lamentou o Padre Mussie Zerai, presidente da agência Habeshia.
Oração pela libertação dos outros missionários
Ao saber da notícia da libertação dos salesianos, o diretor das Pontifícias Obras Missionárias na Etiópia, Dom Seyoum Fransua, expressou alegria e assegurou que está rezando pela libertação de outros missionários que ainda estão detidos.
De acordo com a agência de notícias Fides, recentemente, um bispo coadjutor salesiano octogenário foi sequestrado e posteriormente libertado. O governo federal está aumentando seu controle sobre as organizações internacionais, especialmente aquelas ligadas à Igreja Católica, para desencorajá-las de apoiar atividades políticas e grupos rebeldes. (EPC)
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