O que o Anjo da Guarda pode fazer?
Entre as diversas visões que teve, Irmã Faustina viu o poder e os limites do Anjo da Guarda.
Redação (09/07/2021 12:02, Gaudium Press) A Irmã Faustina Kowalska testemunhou diversas realidades sobrenaturais: conversava e via Jesus e também o mundo angélico.
São cinco as missões que o anjo da guarda realiza para ajudar os homens.
Pe. Marcello Stanzione (sacerdote especialista em anjos e autor de inúmeros livros) conta essas cinco missões vistas pela Irmã Faustina no livro “Os anjos da Divina Misericórdia” (edições Segno).
1. Os Anjos nos convidam a rezar pelas almas do purgatório
Irmã Faustina repetidamente teve visões do purgatório; uma noite Jesus lhe mostrou o purgatório e os sofrimentos de muitas almas. Foi conduzida até lá por seu anjo da guarda, o qual a convidou rezar por essas almas.
Assim ela descreveu: “Eu vi o anjo da guarda que me ordenou a segui-lo. Logo, eu me encontrei em um lugar nebuloso, cheio de fogo e, nele, uma enorme multidão de almas sofrendo. Essas almas rezam com grande fervor, mas sem eficácia para si mesmas: só nós podemos ajudá-las. As chamas que as queimavam não me tocavam. Meu anjo da guarda não me abandonou nem um só momento, e perguntou a essas almas qual era o seu maior tormento. Em uníssono, responderam que seu maior tormento é o desejo de Deus. Às vezes, Nossa Senhora visita as almas do purgatório, que A chamam de Maria “Estrela do Mar”. Ela lhes traz refrigério”.
2. Os Anjos nos pedem para rezar pelos agonizantes
Nos diários da Irmã Faustina, lê-se: “Uma vez, estava andando pelo jardim à tarde quando o anjo da guarda me disse: ‘Reze pelos agonizantes’. Imediatamente comecei a rezar o rosário na intenção dos agonizantes junto com as meninas responsáveis pelo jardim. No final, recitamos diversas invocações pelos agonizantes” (C I: 313).
3. O Anjo da guarda nem sempre pode nos consolar
Pelo relato da Irmã Faustina podemos entender por que o anjo nem sempre pode nos consolar: “Quando uma noite olhei da minha cela para o céu e vi um firmamento maravilhoso, repleto de estrelas e a lua, de repente, entrou na minha alma uma inconcebível chama de amor para com meu Criador. Não podendo suportar as saudades que, em minha alma, cresciam por Ele, prosternei-me, humilhando-me na poeira. Eu O glorificava por todas as Suas criaturas, e quando meu coração não podia aguentar o que se passava nele, desatei a chorar. Então o meu anjo da guarda tocou-me e dirigiu-me estas palavras: “O Senhor me ordena que lhe diga para se levantar do chão.” O que fiz imediatamente, mas minha alma não foi consolada. A saudade de Deus envolveu-me ainda mais” (C I, 470).
4. O anjo nos ajuda durante exercícios espirituais
Na noite anterior à partida para os oito dias de exercícios espirituais, Santa Faustina foi envolvida pelo temor ao ver sua miséria e incapacidade diante da grandeza da obra de Deus. Jesus lhe disse: “Por que você tem medo de fazer a minha vontade? […]” (Q I, 489).
Na manhã seguinte, o anjo da guarda acompanhou-a de Wilno a Cracóvia, com uma parada em Varsóvia: “Na manhã seguinte eu vi o anjo da guarda, que me acompanhou na viagem até a Varsóvia. Quando entramos no portão, ele desapareceu. […] Quando embarcamos no trem para Varsóvia com destino a Cracóvia, vi novamente o meu anjo da guarda, absorvido em oração e contemplando a Deus e meu pensamento o acompanhava. Quando chegamos à porta do convento, ele desapareceu” (C I, 490).
5. O Anjo nos acompanha até o céu
“Uma vez quando rezava fervorosamente aos santos jesuítas, de repente, vi o meu anjo da guarda, que me conduziu ao trono de Deus. Passei por grandes multidões de santos, vi muitos rostos conhecidos – que eu conhecia por suas imagens . Vi muitos jesuítas que me perguntaram: ‘A qual Congregação pertence essa alma?’. Quando eu respondi, eles me perguntaram: ‘Quem é seu diretor espiritual?’. Respondi que era o Padre Andrasz… Quando quiseram falar mais, meu anjo da guarda fez um sinal de silêncio e eu passei diante do próprio trono de Deus.”
A santa mística viu “uma grande e inacessível claridade, o lugar que estava destinado a mim na proximidade de Deus, mas como ele era – não sei, pois estava coberto por uma nuvem. E meu anjo da guarda me disse: ‘Aqui está o seu trono, pela fidelidade no cumprimento da vontade de Deus'” (C II, 683).
Por Rita Sberna
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