Papa Francisco exorta fiéis para cultivem a confiança de estar nas mãos de Deus
“Com Deus, mesmo nos terrenos mais áridos, há sempre esperança de novos brotos”, assegurou o Pontífice.
Cidade do Vaticano (14/06/2021 11:42, Gaudium Press) No último domingo, 13 de junho, durante a oração do Ângelus e diante de inúmeros fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Papa Francisco comentou a passagem do Evangelho de São Marcos na qual Nosso Senhor fala do Reino de Deus utilizando duas parábolas.
“O Evangelho nos pede um novo olhar sobre nós mesmos e sobre a realidade: pede para ter olhos maiores, que saibam ver além, especialmente além das aparências, para descobrir a presença de Deus que, como amor humilde, está sempre agindo no terreno da nossa vida e naquele da história. Esta é a nossa confiança, é isso que nos dá força para seguir em frente a cada dia com paciência, semeando o bem que dará fruto”, afirmou.
Cultivar a confiança de estar nas mãos de Deus
O Pontífice ressaltou que esta é uma atitude importante para sairmos bem da pandemia e recomendou que se cultive a confiança de estar nas mãos de Deus, comprometendo-nos em reconstruir e recomeçar, com paciência e constância.
Reconhecendo que “também na Igreja o joio da desconfiança pode criar raízes, sobretudo quando testemunhamos a crise da Fé e o fracasso de vários projetos e iniciativas”, o Santo Padre exortou para que “nunca esqueçamos que os resultados da semeadura não dependem das nossas capacidades: dependem da ação de Deus. A nós cabe semear, e semear com amor, com empenho e com paciência. Mas a força da semente é divina”.
A linguagem das parábolas utilizada por Nosso Senhor Jesus Cristo
Francisco ressaltou que Nosso Senhor utilizava uma forma fácil de entender, utilizando imagens reais da vida cotidiana. “As parábolas se inspiram precisamente na vida cotidiana e revelam o olhar atento de Jesus, que observa a realidade e, por meio de pequenas imagens cotidianas, abre janelas sobre o mistério de Deus e sobre a vida humana”, observou.
“Assim, ensina-nos que mesmo as coisas do dia-a-dia, aquelas que por vezes parecem todas iguais e que levamos em frente com distração ou fadiga, são habitadas pela presença escondida de Deus, ou seja, têm um significado Assim, também nós temos necessidade de olhos atentos, para saber buscar e encontrar Deus em todas as coisas”, explicou.
Deus está agindo silenciosa e lentamente
O Santo Padre lamentou que muitas vezes, por conta do alarido do mundo e as inúmeras atividades que nos consomem diariamente, somos impedidos de perceber como o Senhor conduz a história, entretanto “Deus está agindo, como uma pequena boa semente, que brota silenciosa e lentamente. E, aos poucos, torna-se uma árvore vigorosa, que dá vida e refrigério a todos”.
“Para nós, muitas vezes , a semente de nossas boas obras pode parecer pequena. No entanto, tudo o que é bom pertence a Deus e, portanto, humilde e lentamente, dá frutos. O bem – recordemos – sempre cresce de maneira humilde, de maneira escondida, muitas vezes invisível”, salientou.
A grandeza de Deus opera nas pequenas coisas
Assegurando que “com Deus, mesmo nos terrenos mais áridos, há sempre esperança de novos brotos”, o Papa afirmou que “em tantas situações da vida pode acontecer de ficarmos desanimados, porque vemos a fraqueza do bem em relação à aparente força do mal. E podemos nos deixar paralisar pela desconfiança quando constatamos que nos comprometemos, mas os resultados não chegam e as coisas parecem não mudar nunca”.
“Maria Santíssima, a humilde serva do Senhor, nos ensine a ver a grandeza de Deus que opera nas pequenas coisas e a vencer a tentação do desânimo. Confiemos nele todos os dias”, concluiu. (EPC)
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