Jesus não nos esquece, está sempre rezando por nós, relembra o Papa
Jesus quer que rezemos e assegura que mesmo que nossas orações fossem vãs e ineficazes, podemos sempre contar com a oração d’Ele: Jesus reza por nós.
Cidade do Vaticano (02/06/2021, 13:40, Gaudium Press) Dando continuidade a suas catequeses sobre a Oração, nesta quarta-feira, 02/06, o Papa Francisco falou sobre o tema “Jesus, modelo e alma de cada oração”.
A Audiência Geral ainda foi realizada no Pátio São Dâmaso, no Vaticano.
Jesus escolhe os apóstolos depois de uma noite de oração
O Papa recordou que “os Evangelhos nos mostram como a oração era fundamental no relacionamento e convívio de Jesus com os seus discípulos.
Isto já é evidente na escolha daqueles que mais tarde iriam ser os Apóstolos”.
“Em sua narração, –recorda Francisco– o evangelista Lucas coloca a eleição deles em um contexto de oração:
‘Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles aos quais chamou apóstolos’”.
Francisco ressaltou para os que o ouviam:
“Jesus escolhe os apóstolos depois de uma noite de oração”.
Jesus reza por seus discípulos, pelos que o seguem
Para o Pontífice, “a oração a favor dos seus amigos reapresenta-se continuamente na vida de Jesus.
Os Apóstolos por vezes tornam-se um motivo de preocupação para ele, mas Jesus, como os recebeu do Pai, depois da oração, os leva no seu coração, até com os seus erros, inclusive as suas quedas.
Em tudo isto –diz Francisco– descobrimos como Jesus foi mestre e amigo, sempre pronto a esperar pacientemente a conversão do discípulo. O ponto mais alto desta espera paciente é a “teia” de amor que Jesus tece ao redor de Pedro.”
E o Papa recorda o que se passou na Última Ceia, quando Jesus diz a Pedro:
‘Simão, Simão! Olhe que Satanás pediu permissão para peneirar vocês como trigo. Eu, porém, rezei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando tiver voltado para mim, fortaleça os seus irmãos. ’
O amor de Jesus, a oração de Jesus por todos, nós não cessa
Segundo o Papa, “impressiona, no tempo da tentação, saber que naquele momento o amor de Jesus não cessa: ‘Padre, se estou em pecado mortal, há o amor de Jesus? Sim. Jesus continua rezando por mim? Sim. Se eu fiz muitas coisas ruins e muitos pecados, Jesus continua? Sim’”.
Estamos no centro das orações de Jesus
O Papa dá continuidade a seu pensamento afirmando:
“O amor de Jesus, a oração de Jesus por todos nós não cessa, mas torna-se mais intensa. Estamos no centro da sua oração! Temos de nos lembrar sempre de que Jesus reza por nós, está rezando agora diante do Pai e lhe mostra as chagas a fim de que o Pai veja o preço da nossa salvação. É o amor que nos mantém. Que cada um de nós pense: neste momento, Jesus está rezando por mim? Sim. Esta é uma segurança grande que temos de ter”.
E o Pontífice ainda acrescentou:
“Os grandes pontos de virada da missão de Jesus são sempre precedidos por uma oração, não de maneira superficial, mas da oração intensa e prolongada. Esta verificação da fé parece ser um objetivo, mas em vez disso é um ponto de partida renovado para os discípulos, pois, a partir daí, é como se Jesus assumisse um novo tom na sua missão, falando-lhes abertamente da sua paixão, morte e ressurreição.
Se o caminhar da vida for difícil, rezar mais intensamente
Segundo Francisco, “nesta perspectiva, que instintivamente suscita repulsão, tanto nos discípulos quanto em nós que lemos o Evangelho, a oração é a única fonte de luz e força. É necessário rezar mais intensamente, cada vez que o caminho se torna íngreme”. “Jesus não só quer que rezemos enquanto Ele reza, mas assegura-nos que mesmo que as nossas tentativas de oração fossem completamente vãs e ineficazes, podemos sempre contar com a Sua oração. Devemos estar conscientes de que Jesus reza por nós”, sublinhou.
“Não nos esqueçamos de que o que sustenta cada um de nós na vida é a oração de Jesus por cada um de nós, diante do Pai, mostrando-lhe as feridas que são o preço da nossa salvação.”
“Mesmo que as nossas orações fossem apenas balbuciadas, se estivessem comprometidas por uma fé vacilante, nunca devemos deixar de confiar n’Ele. Sustentadas pela oração de Jesus, as nossas tímidas preces se apoiam-se nas asas da águia e elevam-se ao Céu”, concluiu Francisco. (JSG)
(Com Informações VaticanNews)
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