Papa pede a Maria: desata os nós do egoísmo, indiferença e violência
O Papa rezou: Senhora Desatadora dos nós, com o Rosário vos suplicamos, Mãe de Misericórdia, acabe com a pandemia e a humanidade possa retomar a vida de cada dia…
Cidade do Vaticano (01/06/2021, 14:40, Gaudium Press) Na tarde da segunda-feira, 31/05, o Papa Francisco encerrou a “maratona” de oração do Terço que teve como: “De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus” (At 12,5). A “maratona” foi realizada durante todo o mês de maio e teve a participação dos 30 santuários marianos mais representativos dos cinco continentes.
Esta iniciativa de orações foi aberta pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro e agora concluída pelo próprio Pontífice nos Jardins Vaticanos, diante de uma imagem de Nossa Senhora Desatadora de Nós.
Ó Mãe Santa, desata os nós que nos oprimem
No início da celebração o Papa fez uma proclamação em tom de oração:
“São tantos os nós que pressionam nossas existências e prendem as nossas atividades. São os nós do egoísmo e da indiferença, nós econômicos e sociais, nós da violência e da guerra”.
“Te pedimos, ó Mãe Santa, desata os nós que nos oprimem material e espiritualmente, para que possamos testemunhar com alegria o teu Filho e nosso Senhor, Jesus Cristo.”
Os nós a serem desatados com mais premência
Durante a recitação do terço o Papa contemplou os mistérios gozosos e a cada mistério indicou um nó a ser desatado.
Francisco pediu para que fossem desatados os nós dos relacionamentos feridos, os nós da solidão e da indiferença, que se tornaram mais agudos nestes tempos de pandemia.
O Papa pediu também para que fossem desatados os nós do desemprego, com particular atenção ao desemprego juvenil, feminino, o desemprego dos pais de família e daqueles que estão tentando defender seus empregados.
Francisco pediu que Nossa Senhora desatasse os nós do drama da violência, em particular a que irrompe na família, no lar, contra as mulheres ou explodiu nas tensões sociais geradas pela incerteza da crise; pediu o desatamento do nó do progresso humano, que a pesquisa científica é chamada a apoiar, compartilhando descobertas para que sejam acessíveis a todos.
Por fim o Papa pediu que fosse desatado o nó do cuidado pastoral, para que as Igrejas locais, paróquias, oratórios, centros pastorais e de evangelização possam redescobrir entusiasmo e novo impulso em toda a vida pastoral e os jovens possam se casar e construir uma família e um futuro.
Papa rezou diante do ícone de Nossa Senhora vindo da Alemanha
A oração do Terço foi feita diante do ícone mariano oriundo de Augsburg, na Alemanha. Trata-se de uma pintura a óleo sobre tela feita pelo pintor alemão Johann Georg Melchior Schmidtner, por volta de 1700.
A pintura retrata Nossa Senhora desatando os nós de uma fita branca segurada por dois anjos, rodeada de cenas bíblicas que se referem simbolicamente a imagens de esperança, misericórdia e vitória sobre o mal.
Uma oração final a Nossa Senhora
Depois da oração do Terço, houve a coroação da imagem.
Após as ladainhas, antes de conceder a bênção apostólica, o Papa Francisco pronunciou a seguinte oração:
“Ó Maria, tu sempre resplandeces em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Entregamo-nos a Ti, Saúde dos enfermos, que junto à Cruz estivestes associada à dor de Jesus, mantendo inabalável a tua fé.
Tu, que sabes desatar os nós da nossa existência e conheces os desejos de nosso coração, vem em nosso auxílio.
Estamos confiantes de que, como em Caná da Galileia, farás com que possa voltar a alegria e a festa em nossas casas, após este momento de provação.
Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a conformarmo-nos à vontade do Pai e a fazer aquilo que nos disser Jesus, que assumiu os nossos sofrimentos e carregou as nossas dores para nos conduzir, pela Cruz, à alegria da ressurreição. Amém” (JSG)
(Com Informações Vatican News-Foto VaticanMedia)
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