Rosário Livatino beatificado solenemente na Catedral de Agrigento, na Sicília
Que seu exemplo seja para todos, especialmente para os magistrados, um estímulo a serem defensores leais da legalidade e da liberdade, disse o Papa.
Redação (10/05/2021, 17:50, Gaudium Press) Na manhã deste domingo, um relicário de prata brilhava debaixo das abóbadas barrocas douradas da Catedral de Agrigento, na Sicília. Ele trazia em seu interior uma camisa azul xadrez manchada de sangue. Eram as relíquias de Rosário Livatino, considerado mártir e agora Beatificado.
Toda a Cicília ali estava representada neste domingo para celebrar a beatificação do “jovem juiz” Livatino assassinado pela máfia, a quem a Igreja proclamava beato a ser comemorado anualmente no dia 29 de outubro.
Papa: “Mártir da justiça e da fé”
Após a recitação do Regina Coeli durante a Audiência Geral do domingo, o Papa Francisco prestou homenagem a este que foi denominado “mártir da justiça e da fé”.
Nessa ocasião o Papa assim se expressou:
“Em seu serviço à coletividade como juiz justo, que nunca se deixou corromper, esforçou-se para julgar não para condenar, mas para redimir”, disse o Pontífice.
Da janela dos aposentos pontifícios no Palácio Apostólico do Vaticano Francisco afirmou:
“Seu trabalho sempre o colocou sob a proteção de Deus, por esta razão ele se tornou testemunha do Evangelho até sua morte heroica. Que seu exemplo seja para todos, especialmente para os magistrados, um estímulo a serem defensores leais da legalidade e da liberdade. Um aplauso para o novo beato”.
Ao morrer afirmou perdoar seus assassinos, disse dom Semeraro em sua homilia
Enquanto isso, em Agrigento, na Catedral Basílica do Século XII toda adornada com palmas, símbolo do martírio, estava destacada uma pintura do magistrado portando toga de juiz.
A cerimônia foi presidida pelo cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos com um número restrito de presentes devido `pandemia.
Contudo, toda uma população participou desta tão esperada celebração via TV, web streaming ou com uma simples oração.
Foi uma grande festa para a região. Folhas brancas e cartazes pendurados por toda a cidade e em muitos outros lugares da Sicília testemunhavam a participação do povo fiel.
Rosário Livatino vivia em Canicattì e ali o jovem magistrado, na manhã de 21 de setembro de 1990, aos 38 anos de idade, foi alvejado por um comando da máfia.
Ao morrer afirmou perdoar seus assassinos, disse dom Semeraro em sua homilia. (JSG)
(Com informações e Foto- Vatican News)
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