Quem recorre à Virgem Maria não se desespera
Ao ouvir “Ó, Santa Mãe de Deus, rogai por nós! ”, o demônio gritava: Maria! Eu não tenho Maria! Não digam esse nome, ele me faz estremecer!
Redação (04/05/2021, 10:15, Gaudium Press) É sempre bom falar de Nossa Senhora! E entre os fiéis católicos nasceu o piedoso costume de falar mais de Nossa Senhora durante o mês de maio: nada mais razoável, necessário e …oportuno.
Assim sendo, vamos reproduzir o texto abaixo com o desejo de que a difusão dele conduza muitos a aumentar a admiração, devoção e esperança na Santa Mãe de Deus:
O temor e a esperança nunca devem andar desacompanhados um do outro…
“O temor e a esperança nunca devem andar desacompanhados um do outro, pois se o temor não for acompanhado de esperança, não é temor, mas desespero, e a esperança sem temor é presunção. Todo o vale será preenchido (Lc 3,5): ‘urge, pois, encher de confiança, e ao mesmo tempo de temor de Deus, esses vales de desânimo que se formam quando conhecemos as nossas imperfeições e os pecados cometidos? ’”.
Eu não tenho Maria. Se houvesse uma Maria para mim, como tendes, eu não seria o que sou! Eu não seria um demônio…
São Francisco de Sales, como se depois da morte ainda quisesse continuar a guerra que declarara ao desalento, arrancou do próprio demônio uma confissão repleta de estímulo até para as almas mais criminosas: certa vez um jovem de Chablais, que há cinco anos estava possuído pelo espírito maligno, foi levado para junto do túmulo do santo Bispo de Genebra, no tempo em que corria o processo da sua beatificação. Tardou vários dias até esse jovem ver-se curado.
Nesse meio tempo, ele foi submetido pelo bispo Charles Auguste de Sales e pela Madre de Chaugy a vários interrogatórios junto dos restos mortais do Santo.
Relata uma testemunha ocular que, numa dessas ocasiões, o demônio gritava com mais furor e confusão, dizendo: “Por que hei de sair?”, e a Madre de Chaugy exclamou com aquela veemência que lhe era peculiar: “Ó Santa Mãe de Deus, rogai por nós! Maria, Mãe de Jesus, socorrei-nos!”. Com essas palavras, o espírito infernal redobrou os seus horríveis gritos, bradando: “Maria, Maria! Ah! E eu, que não tenho Maria! Não pronuncieis esse nome, pois que me faz estremecer!
Se houvesse uma Maria para mim, como a tendes para vós, eu não seria o que sou. Mas eu não tenho Maria!”.
Todos choravam. “Ah! continuou o demônio, se eu tivesse um só instante dos muitos que desperdiçais… Sim, um só instante e uma Maria, eu não seria um demônio…!”.
Temos o momento presente para regressar a Deus e temos Maria: por que desespera?
Pois bem. Nós que vivemos (SI 113,18) temos o momento presente para regressar a Deus e temos Maria para nos obter essa graça:
Quem, pois, há de se desesperar?
(Fonte: “A Arte de Aproveitar as Próprias Faltas”. Joseph Tissot. Ed. Cléofas – citado por Prof. Felipe Aquino – cleofas.com.br)
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