A oração de Jesus no Horto das Oliveiras e Seu medo da morte
O Sagrado Coração de Jesus sentiu de maneira única o peso e a malícia de todos os pecados, de todos os crimes cometidos pelos homens após sua morte na Cruz.
Redação (06/03/2021, 11:45, Gaudium Press) Nossa Senhora de Fátima pediu que seus filhos praticassem a devoção dos primeiros sábados para reparar as ofensas cometidas contra Seu Imaculado Coração e meditar sobre os mistérios do Santo Rosário faz parte deste pedido.
A guisa de uma meditação, voltemos nossas cogitações para o que se passou em um desses mistérios e dele colhamos os ensinamentos deixados pelo Redentor Divino ao vive-lo com tanto amor e desejo de cumprir a vontade do Pai.
Estando na Quaresma, vamos nos colocar diante do Primeiro Mistério Doloroso:
Oração de Nosso Senhor Jesus Cristo no Horto das Oliveiras (São Marcos 14, 32-42)
Uma grande tristeza toma conta do semblante de Nosso Senhor que parecia sentir “medo e angústia”
Depois de instituir a Sagrada Eucaristia na Última Ceia, Jesus e seus discípulos caminharam em direção ao vale do riacho de Cedrom, sob o brilhante luar do início da primavera na Palestina.
Ao chegar ao Getsêmani, os apóstolos notaram que uma grande tristeza estava tomando conta do semblante do Mestre. Nosso Senhor parecia sentir “medo e angústia”.
Oração no momento de angústia
Jesus deixou oito de seus discípulos na entrada do horto e fez sinal para que Pedro, Thiago e João o acompanhassem. Um tédio profundo e um horror imenso, junto com uma tristeza inimaginável, apoderam-se de Nosso Senhor a ponto de Ele exclamar:
“Minha alma está triste de morte.”
Chegado o momento decisivo de sua missão redentora, pôs-se a rezar e pedir forças ao Céu: Lhe aguardavam os sofrimentos da Paixão
E ele pediu aos seus discípulos para ficassem acordados e alertas:
Jesus sabia o que estava por vir, os grandes sofrimentos que o aguardavam, bem como os grandes tormentos pelos quais seus discípulos passariam.
Chegado o momento decisivo de sua missão redentora, pôs-se a rezar e pedir forças ao Céu. Mas ele quer que seus apóstolos também rezem para que não desanimem com as dores e sofrimentos que o aguardavam na Paixão.
Nós também, nas horas de prova e angústia, devemos nos ajoelhar e rezar ao Céu, pedindo forças para suportar bem as dores que a Providência nos permite sofrer neste mundo. A Oração humilde e confiante, pela intercessão e rogos de Maria, é o meio mais seguro de obter essa ajuda necessária de Deus.
Jesus tem medo da morte e da dor que teria em breve: Aba! Pai: afaste de mim este cálice
Jesus primeiro começa a sentir um grande medo da morte e da dor que ele teria que sofrer em breve. Ele fica assustado, a ponto de implorar ao Pai que o liberte
“Aba! Pai: tu podes tudo, afaste de mim este cálice.”
Como ensina a teologia, Jesus pede que o cálice seja afastado para mostrar que Ele é verdadeiramente homem.
Nosso Senhor queria muito morrer por nós, para que, com sua morte, deixasse claro o amor que ele tem por nós.
Mas, para que os homens não pensassem que, em virtude de Sua divindade, Ele teria morrido sem experimentar qualquer dor, ele fez aquela súplica ao Pai, não para ser cuidado, mas para nos fazer entender que morria como um homem e morria atormentado, com grande medo da morte e dores que a deviam acompanhar.
Jesus assumiu nossa fraqueza para nos dar coragem no sofrimento
Devemos nos convencer finalmente de que Jesus queria assumir nossa fraqueza, para nos dar sua coragem no sofrimento, dores e dificuldades dos trabalhos desta vida.
Saibamos sempre agradecer a Ele por tanta piedade, tanta misericórdia e amor; saibamos imitá-lo quando o sofrimento se aproxime de nós e imploramos a Ele, pelas mãos de Maria, a força necessária para não rejeitarmos a nossa cruz.
Os pecados dos homens causaram em Jesus grande medo da morte
Não foram tanto os sofrimentos físicos da Paixão, mas os pecados dos homens –inclusive os nossos– que causaram em Jesus esse grande medo da morte.
A sensibilidade divina de seu Sagrado Coração sentiu de maneira única o fardo de todos os pecados do mundo e todos os outros crimes cometidos pelos homens após sua morte, cada um dos quais veio com sua própria malícia, –semelhante a um animal cruel–, para feri-lo.
Isso o afligia mais que tudo, entristecia-o até a morte e o fez suar sangue vivo:
“E um suor Lhe veio e caiu no chão como se fossem grossas gotas de sangue ”(Lc 22,44).
Que Maria Santíssima nos ajude a chorar a dor que causamos a Jesus no Horto das Oliveiras
Consideremos, portanto, como nossas faltas e infidelidades causaram a nosso Redentor essa tristeza mortal.
Nós O atormentamos com nossos pecados, dos quais devemos nos arrepender profundamente.
Que Maria Santíssima, a Mãe Dolorosa, nos ajude a chorar por esta dor que nós causamos a Jesus no Horto das Oliveiras e ajude-nos a repará-lo, sem poupar esforços para, assim, nos santificarmos. (JSG)
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