Como aos discípulos, Jesus nos chama a doar-nos em diferentes caminhos, diz Papa
Papa descreve encontro de Jesus com os discípulos como sendo apelo de amor que “só se responde com amor”.
Cidade do Vaticano (18/01/2021, 09:50, Gaudium Press) Neste domingo, 17 de janeiro, o Papa Francisco voltou a rezar a oração mariana do Angelus na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.
João Batista apontou também Jesus para os dois primeiros discípulos que logo se encontraram com Ele
Em suas palavras no Angelus, Francisco refletiu sobre o encontro de Jesus com seus primeiros discípulos no rio Jordão, um dia depois de ser batizado.
O Pontífice recordou que foi precisamente João Batista quem disse:
“Eis o Cordeiro de Deus!”.
E que foi também São João Batista quem apontou o Messias para dois discípulos que o seguem e com quem estabelecem um diálogo:
–“O que procurais?” Jesus diz-lhes, e eles perguntam-lhe:
–“Mestre, onde vives? Ao que Jesus responde:
–“Vinde e vede”.
André e Simão percebem que a beleza das palavras de Jesus respondem à sua esperança crescente
“As palavras do Senhor não são um cartão de visita, mas um convite para um encontro. Os dois homens, que viriam a ser André e seu irmão Simão, a quem Jesus chamaria de ‘Pedro’, o seguem e ficam com ele naquela tarde, conversando, percebendo a beleza das palavras que respondem à sua esperança sempre crescente ”, comentou Francisco.
Todo chamado de Deus é uma iniciativa do seu amor: Deus chama à vida, chama à fé e chama a um determinado estado de vida
Segundo afirma o Papa, os discípulos reconhecem Jesus depois desse encontro e expressam “transbordando de alegria”: “encontramos o Messias!”.
Em seguida o Pontífice fez uma reflexão a propósito do encontro com Cristo:
“Todo chamado de Deus é uma iniciativa do seu amor. Deus chama à vida, chama à fé e chama a um determinado estado de vida.
O primeiro chamado de Deus é para a vida; com ela nos constitui como pessoas; é uma chamada individual, porque Deus não faz as coisas em série.
Então Deus nos chama à fé e a fazer parte de sua família, como filhos de Deus ”.
Foi nesse sentido que Francisco assegurou que Jesus “nos chama a doar-nos no caminho do matrimônio, do sacerdócio ou da vida consagrada. São modos diferentes de realizar o projeto que Deus tem para cada um de nós, que é sempre um desígnio de amor. E a maior alegria para cada crente é responder a este apelo, entregar-se totalmente ao serviço de Deus e dos irmãos”.
O Chamado do Senhor, pode nos alcançar também por meio de pessoas, acontecimentos, alegres e tristes e… podemos rejeitar
Contudo, Francisco destacou que antes do chamado do Senhor, “que pode nos alcançar de mil maneiras, também por meio de pessoas, acontecimentos, alegres e tristes”, nossa atitude pode às vezes ser de rejeição, “porque nos parece que contrasta com nossas aspirações, ou medo, porque consideramos muito exigente e incômodo ”.
Porém, assegurou o Papa: o apelo do amor “só se responde com amor”.
E o Pontífice comentou ainda que “No início há um encontro, precisamente o encontro com Jesus, que nos fala do Pai, nos faz conhecer o seu amor. E então, espontaneamente, surge em nós o desejo de comunicá-lo às pessoas que amamos: ‘Encontrei o Amor, encontrei o sentido da minha vida. Em uma palavra: eu encontrei Deus, diz o Papa.
Em resposta ao Chamado de Deus, fazer da vida um canto de louvor ao Senhor
Encerrando suas reflexões, Francisco referiu-se a Nossa Senhora pedindo-lhe “que nos ajude a fazer de nossas vidas um canto de louvor a Deus, em resposta ao seu chamado e no cumprimento humilde e alegre da sua vontade”. (JSG)
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