Nossa Senhora é expulsa de uma escola
Na França, em uma homenagem ao professor decapitado Paty, foi retirada da escola de Laval, uma imagem antiga de Nossa Senhora.
Redação (14/01/2021 11:07, Gaudium Press) O triste laicismo francês se veste constantemente da perseguição à religião, ou mais especificamente ao catolicismo.
Nota-se pelo paradoxo do ocorrido em uma escola em Laval – França, em dezembro passado.
Por ocasião de uma homenagem que a escola estava fazendo ao professor Samuel Paty – o docente decapitado em outubro passado por um muçulmano radical – foi retirada uma imagem muito antiga da Virgem que estava no pátio. E como a França é laica, a imagem de Nossa Senhora foi ‘expulsa’ da escola.
Causa até uma certa hilaridade, mas o que sucedeu é uma metáfora do que acontece na França.
No dia em que se homenageava o professor vítima do terrorismo islâmico, um arraigado símbolo católico foi expulso da escola, consequência prática da homenagem.
La Vierge est bannie suite à un rassemblement en hommage ‘ Samuel Paty. On montre du doigt les évangéliques dans l’affaire des certificats de virginité. Deux «anecdotes» assez emblématiques de la gestion de la question islamiste dans notre pays. C’est bien barré, tiens… pic.twitter.com/CLfQwJifDU
— Gabrielle Cluzel (@gabriellecluzel) 12 de janeiro de 2021
O laicismo, no reino da liberdade, é caos…
Motivado pela indignação na opinião pública resultante de fatos como o assassinato do professor Paty, o governo Macron anuncia medidas para obrigar que seja dada apenas uma educação realmente alinhada com os valores da República, com o espírito cidadão, uma educação leiga.
Mas a França… não foi construída pela Igreja? Os valores católicos são o oposto dos valores da República? Quando foi proclamada a República excluíram 1.300 anos de história da cultura cristã, que de alguma forma é a cultura ainda amada por grande parte da população? Por que uma imagem de Nossa Senhora não pode estar em uma escola de um país que em grande medida foi feito pelo Catolicismo?
Enquanto isso, “certificados de virgindade” continuam sendo emitidos na França, exigidos por certos muçulmanos às suas futuras cônjuges, a fim de realizar o casamento. Parece que o laicismo só chora por um olho, o olho que olha para os cristãos.
“Curve a cabeça, sicambro…”
A solução para os problemas da França – com equanimidade, sem extremismo, mas com decisão e fé – é que ela “retorne às suas raízes”, como está na moda dizer hoje em dia: a França foi grande quando cristã, e assim foi prometido pelo Coração de Jesus a Luís XIV, quando pela boca de Santa Margarida Maria Alacoque lhe disse para colocar aquele Divino Coração em seus estandartes. A França deve fazer como Paulo, defender o que antes perseguia.
Ela deve fazer o que São Remígio disse a Clovis quando o batizou: “Curva tua cabeça, sicambro; adora o que queimaste, e queima o que adoraste”.
O extremismo desintegrador na França não será realmente confrontado por um laicismo amorfo, vetusto, indefinido quando não perseguidor do catolicismo. A França só será reerguida quando uma boa parte dos corações ouvir a voz desse Coração que tanto amou os homens e por eles foi tão pouco amado, mas que continua a enviar seus raios de luz para todos aqueles que não lhe fecham brutalmente a porta.
Ai daqueles que expulsam Nossa Senhora, último recurso a Deus… Bem-aventurados aqueles que se voltam a Nossa Senhora.
Por Saul Castiblanco
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