Da Fidelidade a Deus nasce a alegria do discípulo de Cristo, diz Papa
Pontífice convida fiéis a olharem para além do sucesso e do dinheiro, em uma sociedade que “dá valor apenas às coisas sensacionais”.
Cidade do Vaticano (06/01/2021, 12:20, Gaudium Press) Na solenidade da Epifania que se celebra hoje (06/01), na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco presidiu à Santa Missa da solenidade da Epifania, que também é chamada pelos fiéis católicos como “Dia de Reis”.
Francisco voltou a presidir as celebrações depois que deixou de celebrar na Basílica nos dias 31 de dezembro e 1 de janeiro, devido a uma enfermidade.
A alegria do discípulo de Cristo tem o seu fundamento na fidelidade de Deus
Em sua homilia, o Pontífice convidou os fiéis a olharem para além do sucesso e do dinheiro, em uma sociedade que “dá valor apenas às coisas sensacionais”:
“A alegria do mundo está fundada na posse dos bens, no sucesso ou noutras coisas semelhantes.
Sempre eu no centro, não é? Comentou o Papa.
Pelo contrário, a alegria do discípulo de Cristo tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, cujas promessas nunca falham, apesar das situações de crise em que possamos vir a encontrar-nos”.
Só o Senhor é digno de ser adorado, só Ele satisfaz o desejo de vida e eternidade presente no íntimo de cada pessoa
Francisco acrescentou ainda em suas reflexões durante a homilia que “Só o Senhor é digno de ser adorado, porque só Ele satisfaz o desejo de vida e eternidade presente no íntimo de cada pessoa.
Além disso, com o passar do tempo, as provas e adversidades da existência –vividas na fé– contribuem para purificar o coração, torná-lo mais humilde e, consequentemente, mais disponível para se abrir a Deus”, afirmou o Papa.
O ser humano precisa adorar, se não adorar a Deus, adorará ídolos. Não há meio termo: ou Deus ou os ídolos
O Papa comentou também as figuras dos Magos que, segundo os Evangelhos, tinham como objetivo do seu caminho “adorar” Jesus, após o seu nascimento. O Papa explicou, então:
“Adorar o Senhor não é fácil, não é um dado imediato: requer uma certa maturidade espiritual, sendo o ponto de chegada dum caminho interior, por vezes longo. Não é espontânea em nós a atitude de adorar a Deus”, precisou.
É verdade que o ser humano precisa de adorar, mas corre o risco de errar o alvo; com efeito, se não adorar a Deus, adorará ídolos, não há meio termo: ou Deus ou os ídolos”.
A experiência de “viagem” dos Magos, que implica em “uma transformação”
O Papa referiu-se ainda à experiência de “viagem” dos Magos, que implica “uma transformação”:
“A pessoa, depois de uma viagem, já não fica como antes; há sempre algo de novo em quem viajou: os seus conhecimentos alargaram-se, viu pessoas e coisas novas, sentiu fortalecer-se a vontade ao enfrentar as dificuldades e os riscos do trajeto”, observou Francisco para logo tirar uma lição de vida:
Como os Magos, também nós devemos deixar-nos instruir pelo caminho da vida, marcado pelas dificuldades inevitáveis da viagem. Não deixemos que o cansaço, as quedas e os fracassos nos precipitem no desânimo; antes, pelo contrário, reconhecendo-os com humildade, devemos fazer deles ocasião de progredir para o Senhor Jesus”. (JSG)
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