A vigilância da oração nos desperta do sono da mediocridade, diz Papa
Rezar e amar: aqui está a vigilância. Quando a Igreja adora a Deus e serve o próximo, não vive na noite, caminha rumo ao Senhor.
Cidade do Vaticano (30/11/2020, 13:10, Gaudium Press) No Primeiro Domingo do Advento, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa na Basílica de São Pedro tendo como concelebrantes os novos Cardeais criados no Consistório Ordinário Público do último sábado.
Na homilia proferida pelo Pontífice, ele ressaltou as leituras do dia ressaltando duas palavras: proximidade e vigilância. E, ao encerrar sua homilia, Francisco concluiu com uma invocação: “Senhor, fazei-nos sentir o desejo de rezar e a necessidade de amar. ”
A primeira mensagem do Advento e do Ano Litúrgico nos leva a reconhecer Deus próximo e nos treina a Vigilância
O Papa mostrou que o Advento é o tempo para nos lembrarmos da proximidade de Deus, que desceu até nós.
Ele lembrou também que o primeiro passo da fé é dizer ao Senhor que precisamos d’Ele, precisamos da sua proximidade: a primeira mensagem do Advento e do Ano Litúrgico nos leva a reconhecer Deus próximo. E recomendou:
“Façamos nossa esta invocação caraterística do Advento: ‘Vem, Senhor Jesus!’ (Ap 22, 20). Ela pode ser feita no princípio de cada dia, ser repetida com frequência, antes das reuniões, do estudo, do trabalho e das decisões a tomar, nos momentos importantes e de provação:
Vem, Senhor Jesus!”
O pedido “Vem, Senhor Jesus!”, lembrou o Papa, é repetido quatro vezes no Evangelho deste domingo. Para ele, ao invocarmos a proximidade do Senhor, treinamos a nossa vigilância.
E é importante permanecer vigilantes, ensina, porque na vida é um erro perder-se em mil coisas e não se dar conta de Deus:
Arrastados pelos nossos interesses e distraídos por tantas vaidades, corremos o risco de perder o essencial. Vigiar é não se deixar dominar pelo desânimo, é viver na esperança.
A vigilância da oração é o que pode nos despertar do sono da mediocridade, a fé é o contrário da mediocridade
Para o Pontífice, existem dois sonos que nos ameaçam: o sono da mediocridade e o da indiferença.
A mediocridade vem quando esquecemos o primeiro amor e avançamos apenas por inércia, prestando atenção somente a viver tranquilos:
“Isto corrói a fé, porque a fé é o contrário da mediocridade: é desejo ardente de Deus, audácia contínua em converter-se, coragem de amar, é caminhar sempre para diante. A fé não é água que apaga, mas fogo que queima.”
A vigilância da oração é o que pode nos despertar do sono da mediocridade. A oração oxigena a vida: tal como não se pode viver sem respirar, assim também não se pode ser cristão sem rezar.
“Rezar e amar: aqui está a vigilância. Quando a Igreja adora a Deus e serve o próximo, não vive na noite. Ainda que esteja cansada e provada, caminha rumo ao Senhor.” (JSG)
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