Papa Francisco comenta a Parábola dos Talentos: “muito atual e válida para todos”
Esta parábola conta a história de um senhor rico que confia aos seus servos a custódia e administração de seus bens diante de uma iminente longa ausência.
Cidade do Vaticano (16/11/2020 11:00, Gaudium Press) Durante a recitação da oração do ngelus deste domingo, 15, o Papa Francisco comentou a famosa parábola dos talentos (Mt 25,14-30). Esta parábola conta a história de um senhor rico que confia aos seus servos a custódia e administração de seus bens diante de uma iminente longa ausência.
O Senhor confia a cada um segundo as suas capacidades
Cada um dos servos recebe uma quantidade de dons diferente, segundo a sua capacidade. O primeiro, recebe cinco talentos, o segundo dois e o terceiro recebe apenas um. “Assim faz o Senhor com todos nós: nos conhece bem, sabe que não somos iguais e não quer privilegiar ninguém em detrimento dos outros, mas confia a cada um segundo as suas capacidades”, explicou.
Assim que o patrão se ausenta, os dois primeiros servos decidem investir os talentos que lhes foram confiados, mesmo correndo o risco de perdê-los. Já o terceiro, por medo de perder o único talento que recebeu, decide enterrá-lo.
Os servos prestam contas ao senhor
Ao retornar, o senhor rico pede conta aos seus servos. Os dois primeiros mostram os bons frutos do seu esforço e o mestre os elogia, recompensa e convida a partilhar a sua alegria. O terceiro, entretanto, se justifica dizendo: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. Por isso, fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. O patrão o repreende chamando-o de servo ‘mau e preguiçoso’, em seguida lhe tira o talento e o expulsa de casa.
“Este é um hábito que também nós temos. Muitas vezes nos defendemos acusando os outros. Mas eles não têm culpa, a culpa é nossa, a culpa é nossa. E esse servo acusa o outro, o patrão, para se justificar. Muitas vezes fazemos o mesmo”, lamentou Francisco.
Dia Mundial dos Pobres
O Santo Padre ressaltou que “esta parábola é válida para todos, mas, como sempre, especialmente para os cristãos. Também hoje é muito atual, hoje é o Dia Mundial dos Pobres, onde a Igreja diz aos cristãos: ‘Estendam a mão aos pobres. Estenda sua mão aos pobres. Você não está sozinho na vida: há pessoas que precisam de você. Não seja egoísta: estenda a sua mão aos pobres”.
“Todos nós recebemos de Deus um ‘patrimônio’ como seres humanos, uma riqueza humana, seja ela qual for. E, como discípulos de Cristo, também recebemos a Fé, o Evangelho, o Espírito Santo, os Sacramentos e muitas outras coisas…”.
Os dons devem ser usados para fazer o bem
O Pontífice destacou que “dons devem ser usados para fazer o bem, para fazer o bem nesta vida, como serviço a Deus e aos irmãos e irmãs. E hoje a Igreja nos diz: ‘Use o que Deus te deu e olhe para os pobres. Existem muitos. Também nas nossas cidades, no centro das nossas cidades. Existem muitos. Faça o bem’”.
“Às vezes pensamos que ser cristão é não fazer o mal, e não fazer o mal é bom. Mas não fazer o bem não é bom. Devemos fazer o bem, sair de nós mesmos e olhar, olhar para aqueles que mais precisam.”.
Concluindo, o Papa Francisco recordou o exemplo de Nossa Senhora “que recebeu um grande dom, o próprio Deus, mas não o guardou para si, ela o deu ao mundo, ao seu povo. Aprendamos com ela a estender a mão aos pobres”. (EPC)
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