“Todos somos chamados a crer na ressurreição”, recorda o Papa Francisco
Essa crença não deve ser como uma espécie de miragem que surge ao longe no horizonte, mas como um acontecimento presente, que misteriosamente já nos toca.
Cidade do Vaticano (05/11/2020 11:00, Gaudium Press) Na manhã desta quinta-feira, 05, o Papa Francisco presidiu uma Santa Missa na Basílica de São Pedro. Esta celebração Eucarística foi oferecida em sufrágio pelos Cardeais e Bispos falecidos nos últimos doze meses.
Eu sou a Ressurreição e a Vida
Em sua homilia, o Santo Padre tratou sobre a autorrevelação de Nosso Senhor Jesus Cristo quando disse: ‘Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre’.
“A luz imensa que irradia destas palavras prevalece sobre a escuridão do grave luto causado pela morte de Lázaro. As palavras de Jesus fazem com que a esperança de Marta se desloque dum longínquo futuro para o presente: a ressurreição já está perto dela, presente na pessoa de Cristo”, ressaltou.
Todos somos chamados a crer na ressurreição
O Pontífice explicou que todos somos chamados a crer na ressurreição, não como uma espécie de miragem que surge ao longe no horizonte, mas como um acontecimento presente, que misteriosamente já nos toca agora. Entretanto, esta Fé na ressurreição não ignora nem dissimula a desolação que sentimos, humanamente, diante da morte.
Francisco exortou os presentes a pedirem ao Senhor para que dissolva a tristeza negativa, que pode nos apoderar quando pensamos na morte, como se tudo acabasse com ela. “Trata-se dum sentimento distante da Fé, que se vem juntar ao medo humano de ter que morrer e do qual ninguém se pode considerar totalmente imune”, destacou.
A oração pelos defuntos espalha os seus benefícios também sobre nós
“Diante do enigma da morte, o fiel deve converter-se continuamente: diariamente, somos chamados a ir mais além da imagem que, instintivamente, temos da morte como aniquilação total duma pessoa; transcender a aparência visível, os pensamentos prefixados e óbvios, as opiniões comuns, para nos confiarmos inteiramente ao Senhor”, aconselhou o Pontífice.
O Papa afirmou ainda que, quando elevada com a confiança, a oração em sufrágio dos defuntos espalha os seus benefícios também sobre nós, peregrinos aqui na terra. “Ela nos educa a uma visão verdadeira da vida; nos revela o sentido das tribulações, pelas quais é preciso passar para entrar no Reino de Deus; nos abre para a verdadeira liberdade, dispondo-nos para a busca contínua dos bens eternos”, assegurou.
Recordamos, com gratidão, o testemunho dos Cardeais e Bispos falecidos
No final de sua homilia, o Pontífice recordou com gratidão dos Cardeais e Bispos falecidos nos últimos doze meses, enfatizando que eles “viveram na fidelidade à vontade divina” e que “a vida dum servidor do Evangelho é animada pelo desejo de agradar ao Senhor em tudo: este é o critério de cada uma das suas opções, de cada passo que tem de dar”.
“Que o Senhor derrame sempre o seu Espírito de sabedoria sobre nós, particularmente neste tempo de provação. Sobretudo nas horas em que o caminho se torna mais difícil, Ele não nos abandona, permanece conosco, fiel à sua promessa: ‘Eu estarei sempre com vocês até o fim dos tempos’”, concluiu. (EPC)
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