História, Oração e Frases de São Carlos Borromeu
A Igreja Católica celebra no dia de hoje, 4 de novembro, a memória litúrgica de São Carlos Borromeu, conhecido como o pai dos pobres.
Redação (04/11/2024 09:00, Gaudium Press) No dia de hoje, 4 de novembro, a Igreja Católica celebra a memória de São Carlos Borromeu, conhecido como o pai dos pobres. Nascido na Itália no ano de 1538, o Santo ocupou altos cargos eclesiásticos, chegando a se tornar Arcebispo de Milão e Cardeal.
Uma das suas principais preocupações foi com a formação dos sacerdotes. São Carlos chegou inclusive a destituir alguns presbíteros indignos, substituindo-os por pessoas que restauraram a Fé e os costumes do povo.
Ele também foi amigo próximo de vários Santos, entre os quais estão São Francisco de Borja, São Felipe Neri, São Pio V, São Félix de Cantalício e Santo André Avelino. São Carlos chegou inclusive a ministrar a primeira comunhão para São Luís Gonzaga.
Confira abaixo uma seleção de pensamentos e frases de São Carlos Borromeu sobre espiritualidade e doutrina católica:
Frases de São Carlos Borromeu
01 – “A Oração é o princípio, o progresso e o complemento de todas as virtudes”.
02 – “Queixa-se de que, ao entrar no coro para a salmodia, ao dirigir-se para celebrar a missa, logo mil pensamentos lhe assaltam a mente e o distraem de Deus. Mas, antes de ir ao coro ou à missa, que fez na sacristia, como se preparou, que meios escolheu e empregou para fixar a atenção?”
03 – “O Rosário é a mais divina das devoções”.
04 – “Somos todos fracos, confesso, mas o Senhor Deus nos entregou meios com que, se quisermos, poderemos ser fortalecidos com facilidade”.
05 – “Se administras os sacramentos, ó irmão, medita no que fazes; se celebras a missa, medita no que ofereces; se salmodias no coro, medita a quem e no que falas; se diriges as almas, medita no sangue que as lavou e, assim, tudo o que é vosso se faça na caridade”.
06 – “Tua missão é pregar e ensinar? Estuda e entrega-te ao necessário para bem exerceres este encargo. Faze, primeiro, por pregar com a vida e o comportamento. Não aconteça que, vendo-te dizer uma coisa e fazer outra, zombem de tuas palavras, abanando a cabeça”.
07 – “Exerces cura de almas? Não negligencies por isso o cuidado de ti mesmo, nem dês com tanta liberalidade aos outros que nada sobre para ti. Com efeito, é preciso te lembrares das almas que diriges, sem que isto te faça esquecer da tua”.
08 – “Cristo, assim como veio uma só vez a este mundo, revestido da nossa carne, também está disposto a vir de novo, a qualquer momento, para habitar espiritualmente em nossos corações com a profusão de suas graças, se não opusermos resistência”.
09 – “Quanto mais o governo temporal se coordena com o espiritual e mais o favorece e promove, tanto mais concorre para a conservação do Estado. Pois que, enquanto o superior eclesiástico procura formar um bom cristão com a autoridade e os meios espirituais, segundo o seu fim, procura ao mesmo tempo e por necessária consequência formar um bom cidadão, como ele deve ser sob o governo político”.
10 – “As almas se conquistam com os joelhos”.
11 – “Queres que te ensine a caminhar de virtude em virtude e como seres mais atento ao ofício, ficando assim teu louvor mais aceito de Deus? Escuta o que digo. Se ao menos uma fagulha do amor divino já se acendeu em ti, não a mostres logo, não a exponhas ao vento! Mantém encoberta a lâmpada, para não se esfriar e perder o calor; isto é, foge, tanto quanto possível, das distrações; fica recolhido junto de Deus, evita as conversas vãs”.
12 – “É impossível que te conserves casto, se não vigiares continuamente sobre ti mesmo, pois a negligência traz consigo mui facilmente a perda da castidade”.
Oração de São Carlos Borromeu ao Anjo da Guarda
Meu bom Anjo da Guarda, não sei quando e de que modo irei morrer. É possível que eu seja levado de repente ou que, antes do meu último suspiro, eu me veja privado das minhas capacidades mentais. E há tantas coisas que eu quereria dizer a Deus, no limiar da Eternidade…
Por isso, hoje, com a plena liberdade da minha vontade, venho pedir, Anjo da minha guarda, que faleis por mim nesse temível momento. Direis, então, ao Senhor:
– Que quero morrer na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, no seio da qual morreram todos os santos, depois de Jesus Cristo, e fora da qual não há salvação;
– Que peço a graça de participar nos méritos infinitos do meu Redentor e que desejo morrer pousando os meus lábios na Cruz que foi banhada com o Seu Sangue;
– Que aborreço e detesto os meus pecados que ofenderam a Jesus e que, por amor a Ele, perdoo os meus inimigos, como eu próprio desejo ser perdoado;
– Que aceito a minha morte como sendo da vontade de Deus e que, com toda a confiança, me entrego ao Seu amável e Sacratíssimo Coração, esperando em toda a sua misericórdia;
– Que, no meu inexprimível desejo de ir para o Céu, me disponho a sofrer tudo quanto a Sua soberana Justiça haja por bem infligir-me.
Não recuseis, ó Santo Anjo da minha guarda, ser o meu intérprete junto de Deus e expor diante d’Ele que estes são os meus sentimentos e a minha vontade. Amém. (EPC)
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