Jesus é a mão do Pai que nunca nos abandona, afirma Papa, no Angelus
Quando for forte a dúvida e o medo, quando parecer que afundamos, não devemos ter vergonha de gritar, como Pedro: “Senhor, salva-me! ”
Cidade do Vaticano (10/08/2020 09:00, Gaudium Press) Antes da recitação do Angelus do domingo, 09/08, falando aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco recomendou que todos devemos nos abandonar “com confiança em Deus em cada momento da nossa vida, especialmente na hora da provação e da perturbação”.
Este conselho do Papa foi feito quando a liturgia recorda a passagem do Evangelho em que Jesus “caminha sobre a água do lago”, enquanto a barca dos discípulos enfrentava uma forte tormenta.
Há tempos em que parece que Deus nos abandonou
Disse o Papa: “A barca à mercê da tempestade é a imagem da Igreja, que em todas as épocas encontra ventos contrários, às vezes com provas muito duras: pensemos a certas perseguições longas e ferozes do século passado e, também hoje, em algumas partes.
Nesses tempos, pode existir a tentação de pensar que Deus o abandonou. Mas, na realidade, é precisamente nesses momentos que resplandece ainda mais o testemunho da fé, do amor e da esperança.
É a presença de Cristo Ressuscitado na sua Igreja que dá a graça de testemunhar até o martírio, do qual brotam novos cristãos e frutos de reconciliação e paz para o mundo inteiro.”
“’Senhor, salva-me!’ É uma bela oração!”
Jesus é a mão forte e fiel do Pai que nunca nos abandona e só quer nosso bem
Francisco recordou que, como no caso de Pedro, que teve medo caminhar sobre as ondas e afundar, nós também –por causa do medo– podemos nos assustar e nos abalar, porém, recordou o Papa:
“Jesus é a mão do Pai que nunca nos abandona; a mão forte e fiel do Pai, que sempre e só quer o nosso bem”.
O que é ter fé em meio à tempestade?
Para o Pontífice, “Ter fé significa, em meio à tempestade, manter o próprio coração voltado para Deus, para o seu amor, para a sua ternura de Pai.
Jesus queria ensinar isso a Pedro e aos discípulos, e também a nós hoje.
Nos momentos de trevas, nos momentos de tristeza, Ele sabe bem que a nossa fé é pobre e que o nosso caminho pode ser perturbado, bloqueado por forças adversas.
Mas Ele é o Ressuscitado, não esqueçamos disso: Ele é o Senhor que passou pela morte para nos levar para um lugar seguro. Mesmo antes de O começarmos a procurar, Ele está presente ao nosso lado.
E, nos reerguendo das nossas quedas, nos faz crescer na fé. ” (JSG)
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