Mais cinco fiéis se aproximam da Canonização
Igreja reconhece as virtudes heroicas de quatro Servos de Deus e declara Beata Maria Antônia Samà, uma leiga calabresa.
Redação (13/07/2020 11:22, Gaudium Press) Na última sexta-feira, 10 de julho, o Papa Francisco recebeu em audiência o Cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Nesta ocasião, o Pontífice autorizou a promulgação de alguns decretos concernentes a esta mesma Congregação.
Beata Maria Antônia Samà
O Papa reconheceu um milagre atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Maria Antônia Samà, uma leiga calabresa nascida em 2 de março de 1875 em Sant’Andrea Jonio, Província de Catanzaro, na Itália e falecida em 27 de maio de 1953.
A nova Beata viveu mais de 60 anos imobilizada em uma cama devido a uma paralisia. Era muito procurada pelos fiéis para orientação, conselhos e para a recitação do rosário. A todos, Maria Antônia sempre convidava a ter confiança em Deus em todas as situações.
Reconhecimento de Virtudes Heroicas
Durante a Audiência com o Cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, o Pontífice reconheceu ainda as virtudes heroicas de quatro Servos de Deus
Eusébio Francesco Chini
O Papa reconheceu as virtudes heroicas do servo de Deus Eusébio Francesco Chini (conhecido como Padre Kino), nascido em 10 de agosto de 1645 em Segno, Itália e falecido Magdalena, México, em 15 de março de 1711.
Tornando-se jesuíta, parte em missão para a Nova Espanha, que incluía grandes regiões dos atuais Estados Unidos e México. Trabalha lado a lado com os nativos americanos, a quem chama de “nossos irmãos em Cristo”, promovendo a melhoria de suas condições de vida, ensinando métodos para o cultivo e criação de gado. Defende os direitos e a dignidade dos povos indígenas contra qualquer exploração dos colonizadores, cujos abusos são por ele denunciados.
Ele tira força da oração e da Adoração Eucarística noturna. Foi astrônomo, matemático, explorador e cartógrafo.
Mariano José de Ibargüengoitia e Zuloaga
Foram reconhecidas as virtudes heroicas do servo de Deus Mariano José de bargüengoitia e Zuloaga, sacerdote diocesano, co-fundador do Instituto dos Servos de Jesus da Caridade.
Ele nasceu em 8 de setembro de 1817 em Bilbao, Espanha, e morreu em 31 de janeiro de 1888.
Pertencia a uma rica família dedicada ao comércio marítimo.
Depois de ordenado sacerdote, torna-se pároco, empenhando-se na escuta de confissões, na catequese, na formação de sacerdotes.
Fazia o apostolado da Visita aos doentes, aos prisioneiros e às famílias pobres. Em 1862, recebeu do Papa Pio IX o título de missionário apostólico.
Foi um incansável pregador de missões para o povo e dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio para o clero. Em 1871, colaborou na fundação do Instituto das Religiosas Servas de Jesus.
No centro de sua espiritualidade estão a Eucaristia, a oração, a devoção à Nossa Senhora e aos pobres. Morreu em Bilbao em 31 de janeiro de 1888.
Serva de Deus Maria Félix Torres
Francisco reconheceu as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Félix Torres, fundadora da Companhia do Salvador; Nascido em 25 de agosto de 1907 em Albelda, Espanha, e falecida em Madri, Espanha, em 12 de janeiro de 2001;
Maria Félix Torres fez pela primeira vez os Exercícios Espirituais, de acordo com o método de Santo Inácio de Loyola, quando tinha apenas 14 anos. Alí vie nascer seu chamado à vida consagrada.
Em 1930, formou-se em Química pela Universidade de Zaragoza.
Após seus estudos, fundou a Companhia do Salvador, com a espiritualidade inaciana, dedicada ao apostolado da juventude feminina, especialmente a universitária.
Durante a guerra civil espanhola, socorreu sacerdotes perseguidos.
Em 1952, a Companhia do Salvador foi aprovada como Instituto religioso de direito diocesano: dedicou-se à formação de jovens que ingressam no Instituto. Passou os últimos anos no governo de sua fundação, em oração, no silêncio e na oferta dos sofrimentos ao Senhor. Morreu em Madri, em 12 de janeiro de 2001, aos 93 anos.
Angiolino Bonetta
O Pontífice reconheceu também as virtudes heroicas do servo de Deus Angiolino Bonetta, leigo da Associação dos Trabalhadores Silenciosos da Cruz.
Ele nasceu em 18 de setembro de 1948, em Cigole, na Província de Brescia, Itália, e morreu em 28 de janeiro de 1963, aos 14 anos.
Angiolino Bonetta nasceu em Cigole, pertencia a uma família de trabalhadores. Aos doze anos, teve uma perna amputada após um sarcoma ósseo. Disse, então que oferecia tudo “a Jesus pela conversão dos pecadores”. Encoraja outros doentes, transmite paz.
Para quem sente pena dele porque caminha com muletas diz: “Mas você não sabe que a cada passo eu poderia salvar uma alma?”.
Consagrou-se ao Senhor entre os “Silenciosos Trabalhadores da Cruz”: “Agora sou todo de Nossa Senhora – diz ele – da ponta dos meus pés até a parte superior dos cabelos”.
Em uma carta, escrita pouco antes de morrer, ele escreveu: “Desde que entrei para os Silenciosos Trabalhadores, o Senhor me deu uma tempestade de graças, até então desconhecida para mim. Sinto-me forte como um leão e canto da manhã à noite.” (JSG)
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