Divulgada Mensagem do Papa para Conferência Católica dos Meios de Comunicação
Segundo Francisco, a missão dos meios de comunicação é manter as pessoas unidas, encurtar distâncias, fornecer informações necessárias.
Redação (30/06/2020 18:29, Gaudium Press) Nesta terça-feira, 30 de junho, foi divulgada a mensagem do Papa Francisco enviada para a “Conferência Católica dos Meios de Comunicação”.
A Conferência é promovida pela Associação Católica de Imprensa dos Estados Unidos e Canadá que se desenrolará dentro da temática: ”Juntos, enquanto estamos separados” (Together While Apart).
O tema da conferência quer referir-se à unidade não obstante o distanciamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus. Ela teve início nesse 30 de junho e prossegue até 2 de julho.
Esta é a primeira vez na história que a Conferência é realizada de modo virtual devido à emergência sanitária da covid-19.
Missão dos meios de comunicação: manter as pessoas unidas, encurtar distâncias, fornecer informações necessárias
Na Mensagem enviada pelo Pontífice, ele refere-se também à Mensagem para o Dia das Comunicações Sociais do ano passado e destaca “como é essencial a missão dos meios de comunicação para manter as pessoas unidas, encurtando distâncias, fornecendo as informações necessárias e abrindo mentes e corações à verdade”.
Esta é uma tomada de consciência importante que já levou à criação dos primeiros jornais católicos nos Estados Unidos, como é evidente no caso do “Catholic Miscellany, publicado em 1822 em Charleston por Dom John England, seguido por muitos jornais e periódicos”, porque, afirma Francisco, hoje como então as “nossas comunidades” precisam dos meios de comunicação para informar e unir.
Necessidade de ajudar a distinguir o bem do mal
Segundo o Papa, “O ideal da unidade na diversidade, no lema dos Estados Unidos”, deve inspirar também o serviço oferecido ao bem comum: uma necessidade que para Francisco “é hoje ainda mais urgente, numa época marcada pelo conflito e pela polarização a qual nem sequer a comunidade católica parece imune”.
E o Pontífice explica em sua Mensagem como isso deve desenrolar-se concretamente para aqueles que trabalham na comunicação:
“Precisamos de meios de comunicação capazes “meios de comunicação que possam ajudar as pessoas, sobretudo os jovens, a distinguir o bem do mal, a fazer julgamentos corretos, baseados numa apresentação clara e imparcial dos fatos, a compreender a importância do compromisso com a justiça, a concórdia social e o respeito pela Casa comum”.
Portanto, precisamos de homens e mulheres de princípios que protejam a comunicação de tudo o que possa distorcê-la ou desviá-la para outros objetivos”.
Ser sinal de unidade entre os comunicadores
“Peço-lhes para que sejam unidos e sinal de unidade também entre vocês”, disse o Papa, dirigindo-se tanto aos pequenos quanto aos grandes meios de comunicação, porque, sublinha Francisco, “na Igreja não são estas as categorias que contam”.
Na Igreja, somos todos membros de um só corpo.
A comunicação tem sua fonte última na vida de Deus
A comunicação “não é apenas uma questão de competência profissional”, mas de atestar pessoalmente a verdade da mensagem que transmitimos porque “toda comunicação tem sua fonte última na vida do Deus Trino, que partilha conosco a riqueza de sua vida divina e nos pede, por sua vez, para comunicar esse tesouro aos outros, unidos no serviço de sua verdade”.
Unidos e fortes em relação às modas fugazes
Para concluir, disse o Pontífice: “Que o espírito de comunhão com o Bispo de Roma, que sempre foi um sinal distintivo da imprensa católica em seus países, mantenha todos vocês unidos na fé e fortes no que diz respeito às modas culturais fugazes que não têm o perfume da verdade do Evangelho”. (JSG)
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