Igreja terá quatro novos Beatos
Papa autoriza a promulgação de decretos que consideram Beatos dois europeus e dois latino americanos: três religiosos e um médico leigo.
Cidade do Vaticano (20/06/2020 10:07, Gaudium Press) O prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, foi recebido pelo Papa Francisco nesta sexta-feira, 19/06, quando o Pontífice autorizou a promulgação dos decretos que darão à Igreja quatro novos beatos.
Os novos Beatos
Foram autorizadas as promulgações dos decretos que consideram Beatos os seguintes
Servos de Deus:
O Venerável Servo de Deus Mamerto de la Ascensión Esquiú da Ordem dos Frades Menores; o Venerável Servo de Deus José Gregório Hernández Cisneros, fiel leigo; a Serva de Deus Maria Laura Mainetti, religiosa;
e o Venerável Servo de Deus Francisco Maria da Cruz, sacerdote.
Mamerto de la Ascensión Esquiú
O franciscano frei Mamerto de la Ascensión Esquiú, foi nomeado bispo de Córdoba, na Argentina, em 1880, três anos antes de sua morte.
O religioso argentino nasceu em 11 de maio de 1826, em San José de Piedra Blanca, e faleceu em 10 de janeiro de 1883, em La Posta de El Suncho, na Argentina.
Entrou para a Ordem dos Frades Menores em 31 de maio de 1836 e iniciou sua educação e seu noviciado no convento franciscano de Catamarca, também na Argentina.
No ano de 1842, fez a profissão solene na Ordem e foi ordenado sacerdote em 18 de outubro de 1848.
O milagre reconhecido por sua intercessão diz respeito à cura de uma menina que sofria de osteomielite.
José Gregório Hernández Cisneros
O Venerável Servo de Deus José Gregório Hernández Cisneros, também tem seu nome na relação dos novos beatos.
José Gregório foi um fiel leigo médico. Ele é o primeiro de seis irmãos. Nasceu em 26 de outubro de 1864, em Isnotú, Venezuela, no Estado Andino de Trujillo.
Depois de formar-se em medicina, em Caracas, foi aprofundar seus estudos em Paris, Berlim, Madri e Nova Iorque. Tornou-se professor universitário e cientista.
Teve sempre uma Fé extraordinária, mesmo vivendo em um século tendente ao ateísmo.
Para ele a medicina era uma missão, especialmente sua obras de caridade se voltavam para os mais necessitados e com eles praticava as obras de misericórdia. Por isso mesmo era conhecido como o “médico dos pobres”.
Tinha uma forte vocação religiosa: queria tornar-se monge e partiu para a Itália em 1908, entrando na Certosa di Farneta, na província de Lucca. Porém, teve que regressar ao seu país por razões de saúde.
Alguns anos depois ainda tentou voltar à vida religiosa iniciando seus estudos teológicos no Colégio Pio Latino-americano em Roma.
Novamente, foi surpreendido por uma doença que acabou por entender que Deus o chamava para viver a santidade dentro do mundo. Tornou-se Terciário franciscano. Durante a epidemia da gripe espanhola curou os pacientes com coragem durante a epidemia de febre espanhola.
Em 29 de junho de 1919, sofreu um acidente que o levou à morte, depois de receber a Unçãodos Emfermos e o Viático.
As últimas palavras que ele conseguiu murmurar foram:
“Oh, Beata Virgem!”
Serva de Deus Maria Laura Mainetti
Francisco reconheceu ainda o martírio da Serva de Deus Maria Laura Mainetti, religiosa professa da Congregação das Filhas da Cruz, Irmãs de Santo André. Ela também será beatificada.
A Serva de Deus Maria Laura nasceu em Colico, na província de Lecco, Itália, em 20 de agosto de 1939, e foi assassinada em Chiavenna, Itália, por ódio à fé, em 6 de junho do ano 2000, por três jovens que praticavam um ritual satânico.
Décima filha de um casal de Valtellina, ficou órfã de mãe bem cedo. Maaria Laura interpretou como projeto de Deus para sua vida, as palavras de um sacerdote, durante uma confissão, que, então, a levaram a desejar uma “vida inteiramente doada no amor”.
Em 1957, a religiosa comunicou a sua família sua vocação religiosa. Dedicou-se à educação, formação e assistência espiritual e material de crianças e adolescentes.
Irmã Mainetti saiu do convento sozinha na noite de 6 de junho do ano 2000. Ela pretendia ajudar a uma moça que tinha telefonado para ela, dizendo-lhe que tinha engravidado depois de um estupro. Era uma cilada.
Em um ritual satânico realizado por três adolescentes ela foi assassinada por ódio à Fé.
Antes de morrer, perdoou suas assassinas.
Servo de Deus Francisco Maria da Cruz
O quarto novo beato é o Venerável Servo de Deus Francisco Maria da Cruz, sacerdote, Fundador da Sociedade do Divino Salvador (Salvatorianos) e da Congregação das Irmãs do Divino Salvador (Salvatorianas).
Nasceu em uma família pobre em 16 de junho de 1848, em Gurtweil, na Floresta Negra, na Alemanha.
Quando jovem, trabalhou por muito tempo como pintor e decorador para ajudar financeiramente seus pais e somente graças à generosidade de tutores e benfeitores conseguiu emitir seus votos religiosos.
Durante uma viagem à Terra Santa lhe amadureceu uma ideia antiga: fundar uma organização que unisse os católicos de todos os níveis para defender e propagar a fé.
Seu desejo foi concretizado em 1881 com a fundação de duas comunidades religiosas. Numerosas são suas viagens na Índia, Europa e nas Américas até sua morte em 8 de setembro de 1918, em Tafers, na Suíça.
Deixou um Diário Espiritual onde se respira seu grande desejo de santidade.
Nova Venerável Serva de Deus
O Papa Francisco, ainda nessa Audiência da última sexta-feira, reconheceu as virtudes heroicas da agora Venerável Serva de Deus Glória Maria de Jesus Elizondo García.
Ela foi Superiora Geral da Congregação das Missionárias Catequistas dos Pobres. Nasceu em 26 de agosto de 1908, em Durango, no México, e faleceu em Monterrey, também no México, no dia 8 de dezembro de 1966. (JSG)
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