Tempos de pandemia: Papa agradece quem ajuda os que estão em dificuldade
Francisco reza por doentes, anciãos, sofredores e expressa gratidão àqueles que ajudam os outros, na atual pandemia.
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 27-03-2020, Gaudium Press) Nesta sexta-feira, 27 de março, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco voltou a celebrar sua Missa matutina que foi transmitida ao vivo em streaming.
Novamente, na introdução, Francisco dirigiu seu pensamento aos doentes, aos anciãos sós, às famílias que não têm do que viver, e expressou sua gratidão àqueles que pensam nos outros, neste difícil período caracterizado pela pandemia do coronavírus.
Introdução à celebração
“Nestes dias chegaram notícias de que muita gente começa a preocupar-se num modo mais geral com os outros e pensam nas famílias que não têm o suficiente para viver, nos anciãos sós, nos doentes no hospital e rezam e buscam fazer chegar alguma ajuda… Esse é um bom sinal. Agradecemos ao Senhor por suscitar esses sentimentos no coração de seus fiéis, disse Francisco”, disse Francisco na introdução à celebração.
Homilia
A homilia do Papa foi baseada nas leituras do dia que foram trechos tirados do Livro da Sabedoria (Sab 2,1.a.12-22) e do Evangelho de João (Jo 7,1-2.10.25-30).
Em suas palavras, Francisco destacou que o acirramento daqueles que queriam matar Jesus era suscitado pelo demônio, porque, afirmou: por trás de todo acirramento destrutivo se encontra o demônio.
Para o Papa, não se pode discutir com quem se acirra, pode somente calar-se, como fez Jesus que escolheu o silêncio e a Paixão. É o estilo que é preciso seguir também com os pequenos acirramentos cotidianos, os mexericos, com as maledicências:
Por trás do acirramento está o diabo
”Por trás do acirramento está o diabo, para destruir a obra de Deus. Por trás de uma discussão ou uma inimizade, pode ser que esteja o demônio, mas de longe, com as tentações normais. Mas quando há acirramento, não duvidemos: há a presença do demônio. E o acirramento é sutil. Pensemos como o demônio se acirrou não somente contra Jesus, mas também nas perseguições aos cristãos; como buscou os meios mais sofisticados para levá-los à apostasia, a distanciar-se de Deus. Isso é, como dizemos na linguagem do dia a dia, isso é diabólico: sim; inteligência diabólica”, disse Francisco.
Em Silêncio, diante de Deus
Como que fazendo uma oração, o Papa continuou seu pensamento, antes de encerrar: “Peçamos ao Senhor a graça de lutar contra o mau espírito, de discutir quando devemos discutir; mas diante do espírito de acirramento, ter a coragem e deixar que os outros falem. Fazer o mesmo diante deste acirramento cotidiano que é o mexerico: deixá-lo falar. Em silêncio, diante de Deus”.
Adoração, comunhão espiritual, hino a Maria
Por fim, o Pontífice encerrou a celebração com a adoração a Jesus Sacramentado e convidou todos a fazerem a comunhão espiritual, antes de dar a bênção com o Santíssimo.
Antes de o Papa deixar a Capela da Casa Santa Marta foi entoada a antiga antífona mariana “Ave Regina Caelorum”, Ave Rainha dos Céus. (JSG)
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