Noivado e Matrimônio
Redação (Terça-feira, 15-07-2014, Gaudium Press) A seguir o recente artigo de Dom Ángel Rubio, sobre a instituição base da sociedade, o matrimônio, e sua preparação:
Noivado e matrimônio
O matrimônio foi instituído por Deus Nosso Senhor no Paraíso terrestre quando uniu como esposos a Adão e Eva. O Matrimônio não é uma instituição puramente humana apesar das numerosas variações que pode sofrer ao longo dos séculos nas diferentes culturas, estruturas sociais e atitudes espirituais. Esta diversidade não deve fazer esquecer seus traços comuns e permanentes. Deus, que criou o homem por amor, o chamou também ao amor, vocação fundamental e inata de todo ser humano.
Cristo elevou a instituição natural do matrimônio a categoria de sacramento. A missão de engendrar filhos e educá-los, assim como o amor que envolve a união dos esposos e todo o âmbito da família, ficou apoiado na graça do sacramento cristão. Em consequência, os esposos recebem as graças e ajudas especiais que necessitam em sua vida para cumprir os deveres que lhes impõem sua vocação de engendrar e educar aos filhos que Deus lhes dê.
Casar-se é estabelecer um vínculo de caráter permanente regulado juridicamente; viver com gozo uma fecundidade generosa; contribuir à transformação do mundo e ao bem da sociedade mediante a realização no amor; expressar de um modo concreto a vocação cristã à santidade.
Os esposos estão chamados a um amor total e para sempre; serem sinais visíveis da aliança entre Cristo e a Igreja; colaborar no crescimento da comunidade familiar e eclesial; evangelizar e serem testemunhas, em seu ambiente, do amor de Cristo.
A celebração se realiza quando os contraentes, que são os ministros deste sacramento, expressam publicamente seu mútuo consentimento, diante de um representante oficial da Igreja e outras testemunhas. Se os noivos estão batizados e se declaram crentes, a Igreja os convida a prepararem-se para celebrar o sacramento do Matrimônio sob uma destas duas formas: no marco de uma celebração da Palavra ou dentro da celebração da Eucaristia. Quando os noivos não são crentes ou manifestam uma Fé cheia de contradições e desejam e pedem para se casar pela Igreja, os pastores devem examinar cada caso, sem cair em uma atitude rigorista nem tão pouco em uma benevolência rotineira e os mesmos noivos teriam que reconsiderar sua atitude e refletir com sinceridade sobre sua postura.
O sim dos esposos deve ser um ato livre e responsável.
+ Ángel Rubio
Bispo de Segovia
Traduzido por Emílio Portugal Coutinho
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