Retornou para França o anel de Santa Joana d’Arc?
Redação (Terça-feira, 29-03-2016, Gaudium Press) A certeza não é absoluta, mas os indícios são muito fortes. E também o preço pelo qual foi leiloado, inclina até a veracidade da relíquia: 240.000 libras esterlinas, pelo que seria o anel de Santa Joana d’Arc.
Sim, o anel de um não definido metal que foi presenteado à donzela de Domrémy por seus pais no dia de sua primeira comunhão. O vestígio histórico seria o seguinte: Enrique de Beaufort, Bispo de Winchester -que se encontrava presente no iníquo processo de Santa Joana d’Arc e que teria recebido o anel do infame Pierre Cochon-, o haveria dado ao seu sobrinho o Rei Henrique VI. Este teria pertencido a ramas não sucessoriais da família real, passando depois aos Duques de Portland. Chega o anel até lady Ottoline Violet Cavendish-Bentinck, que o presenteou ao pintor Augustus John. Este o cede em 1914 a um colecionador britânico. Em 1947 o anel, posto em leilão, é adquirido por James Hasson, que foi médico de De Gaulle durante a guerra; e é seu filho quem o colocou novamente em leilão, no passado 27 de fevereiro.
Em sua parte superior, o anel porta as iniciais IHS e MAR, significando Jesus e Maria. Antes de cada batalha ela o beijava, e o mesmo faziam os habitantes dos povos que ela ia libertando em sua gesta gloriosa. Quando a captura de Santa Joana, o anel foi tomado pelos borgonhones, então aliados da Inglaterra contra França, e existem indícios de que em determinado momento este chegou a poder dos ingleses: Santa Joana lhes pediu que o mostrassem, tal era o apreço que tinha.
Não foi somente o dinheiro de Nicolás de Villiers -presidente do parque temático Puy du Fou, onde hoje se exibe- o usado na compra do anel: eram vários os doadores, que avisados somente 36 horas antes do leilão, abriram suas arcas para que retornasse à ainda doce, bela e hoje dolorida França, a possível única relíquia de Santa Joana d’Arc.
Sinal providencial? Assim o quiseram muitos, pois foi a também doce e inocente ‘Pucelle’ que impediu que sucumbisse o reino de São Luís sob o poder da invasora Albión e dos inimigos internos. Uma Santa que foi enviada do céu, para lutar e morrer como pura vítima expiatória pelos pecados e para ressurgir de sua nação.
Gaudium Press / Saúl Castiblanco
Tradução Emílio Portugal Coutinho
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