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Eu fui arauto do Evangelho…

Redação (Quarta-feira, 09-01-2019, Gaudium Press) Viver em comunidade religiosa requer abnegada entrega. Se um de seus membros decide mudar o estado de vida, que guarda dos tempos ali passados? Eis significativos testemunhos de antigos participantes dos Arautos do Evangelho.

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Os homens e as mulheres vêm ao mundo para realizar determinado desígnio divino, único e irrepetível para cada um, a vários títulos. Daí decorrem a consideração e o respeito devidos a todos, sem exceção.

Contudo, além dessa providência geral, alguns são chamados a uma via especial, pela qual devem viver não só segundo os Mandamentos da Lei de Deus, senão na prática dos conselhos evangélicos de pobreza, obediência e castidade perfeita. Se, por um lado, tal escolha é um sinal de predileção do Criador, por outro, um tão alto chamado exige entrega, abnegação e um verdadeiro holocausto.

É, portanto, explicável que muitos encetem o caminho da perfeição, mas não cheguem ao seu termo, por concluírem ser outra sua vocação ou por algum motivo particular. De qualquer forma, na nova vida adotada podem eles guardar doces e até comoventes lembranças e ensinamentos daquele período áureo de sua vida espiritual.

Nesse sentido, com muita alegria trazemos a público trechos de alguns significativos depoimentos enviados por ex-integrantes dos

Arautos do Evangelho, como preito de gratidão a Nossa Senhora por tantos favores espirituais concedidos a eles durante sua permanência na instituição.

Vocações para o sacerdócio diocesano

Dentre aqueles que se beneficiaram da formação religiosa recebida no seio dos Arautos do Evangelho houve os que se encaminharam ao sacerdócio, como o Pe. José Hinostroza Vera, de Guayaquil, no Equador, que nos dá este belo testemunho da gênese de sua vocação:

“Tive a alegria de conhecer os Arautos do Evangelho em suas raízes, quando tinha apenas quatorze anos de idade, em 1997. Com a devida autorização de meus pais passei a viver em comunidade com eles após um ano de havê-los conhecido. Só saí da comunidade, alguns anos depois, para seguir minha vocação de sacerdote diocesano. E declaro formalmente, na presença de Jesus, Sabedoria Eterna e Encarnada, e de Maria Santíssima, Medianeira nossa, a quem estou consagrado, que os Arautos do Evangelho me ensinaram a servir, amar e defender a Santa Madre Igreja, me instruíram na fé, esperança e caridade, me formaram para respeitar, querer e venerar a Sagrada Hierarquia Eclesiástica, me prepararam para ser parte de uma comunidade viva, ajudando sempre aos mais necessitados de forma espiritual e material”.

Quanto ao ambiente que ele encontrou durante sua permanência na instituição, declara: “Nunca, nos quinze anos em que estive convivendo de perto com os Arautos do Evangelho, vi alguma atitude que fosse contra a moral ou os bons costumes, jamais tiveram um gesto de rebeldia à Santa Sé ou às suas legítimas autoridades, e de nenhum modo os vi realizar práticas ‘sectárias’ ou ‘secretas'”.

E acrescenta:

“Há três anos e sete meses, pela graça de Deus, fui ordenado sacerdote diocesano e sigo a espiritualidade dos Arautos do Evangelho com todo ardor, e isso me tem servido para despertar fervor nas comunidades paroquiais que tive e tenho a meu encargo, levantando nelas o amor e a fidelidade à Igreja e a seu Magistério. Em honra à verdade, expresso publicamente meu profundo afeto e gratidão a Mons. João Scognamiglio Clá Dias, por todos os conselhos e orientações que dele recebi, porque com seu grande exemplo é que verdadeiramente aprendi a amar a Deus, Nossa Senhora, a Santa Madre Igreja Católica e o Doce Cristo na terra, o Papa. E tudo o que Mons. João ensina e prega é fruto de seu convívio com Da. Lucilia Ribeiro dos Santos e com seu filho, Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, durante as quatro décadas que esteve como seu secretário pessoal”.

Uma bela reflexão sobre a importância da vida espiritual culmina as considerações do sacerdote:

“Como nos diz o Senhor Jesus, ‘pelos frutos os conhecereis’ (Mt 7, 20). A grande expansão dos Arautos e sua penetração na opinião pública, o extraordinário incremento de vocações sacerdotais, religiosas, de leigos e consagrados, em sua maioria jovens, nos mostram que é o Divino Espírito Santo que inspirou tudo isso, para enriquecimento da Igreja, como reconhecem centenas de sacerdotes e prelados, que veem nos Arautos uma esperança de que o Imaculado Coração de Maria triunfará, tal como nossa Mãe anunciou há cem anos, em Fátima”.

Conversões e mudanças de vida

Por vivermos numa época em que as pessoas estão a cada dia mais afastadas de Deus, é natural que, para muitos, sua entrada nas fileiras da Associação tenha sido motivo para começar a praticar com seriedade a Religião Católica.

“Pude conhecer de perto os Arautos do Evangelho. Foram dez anos de boa formação, com total disciplina, nos quais aprendi o que é verdadeiramente a Igreja Católica, tanto no aspecto de doutrina quanto no aspecto humano. Deixo aqui meu reconhecimento e meu enorme agradecimento a Mons. João Scognamiglio Clá Dias, por seu esforço, compromisso e dedicação para levar e ensinar a Fé a todos os que de algum modo tenham contato com a Associação dos Arautos do Evangelho”, declarou Cezar Vieira Salvino, de São Paulo (SP).

No mesmo sentido, afirma Diego Felipe Buarque Maciel: “Conheci os Arautos em minha cidade natal, Maceió (AL), aos doze anos de idade. Durante os treze anos em que ali estive, estudando e trabalhando nos mais diversos setores da Associação, nada encontrei que desmerecesse tão belo carisma. Aprendi a amar a Eucaristia, Nossa Senhora e o Magistério da Igreja. Aprendi a mais reta moral, vivenciei os costumes cristãos, passei a desejar a santidade, a amar a vida de oração e de recolhimento, a recorrer aos auxílios divinos durante a ação e a saber usar de misericórdia para com o meu próximo. Minha família se aproximou dos Sacramentos graças ao apostolado desta Associação. Hoje moro em Recife (PE), sou casado e participo com minha esposa das atividades dos Arautos”.

A palavra convence, o exemplo arrasta

O antigo ditado “a palavra convence, mas o exemplo arrasta” se verifica no dia a dia dos Arautos do Evangelho, confirmando a importância fundamental da vida ilibada de cada membro da Associação. Ensinava Dr. Plinio que a primeira atração de alguém por algum movimento ou grupo social se dá por uma admiração pelas pessoas e pelo ambiente criado por elas. Só depois vem a consideração da doutrina propugnada.

Assim se exprime Andrés Monge Fernández, de San José, na Costa Rica: “Conheci o movimento quando tinha apenas treze anos.

Fiquei encantado com aquele ambiente cheio de respeito, de veneração e de entrega total à Santa Madre Igreja. Já nos primeiros dias soube que era um lugar diferente, onde se incentivava sempre o crescimento no amor a Deus, na veneração e entrega à Santíssima Virgem, na obediência total ao Sagrado Magistério, duas vezes milenar, da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Desde esse momento, e nos dezenove anos que ali permaneci, em nenhum de meus períodos de formação, não soube mais que aprender a amar a Nosso Senhor Jesus Cristo, a nossa Mãe Santíssima, a Virgem Maria, a quem me consagrei. Posso dizer, com inteira clareza de mente e de coração, que nunca – mas nunca! – escutei nada que fosse contrário à mais pura ortodoxia católica”.

“Que posso dizer da grande riqueza que representou para mim a formação recebida de Mons. João Scognamiglio Clá Dias e dos membros dos Arautos do Evangelho, com quem convivi?”, se pergunta Francisco Javier Leyva Ríos, de Valência, na Espanha. E conclui:

“Sempre deram um altíssimo exemplo de virtude e de fidelidade à Igreja, em seu Magistério e ao Santo Padre, bem como de busca no crescimento constante no amor a Jesus Cristo e a Maria: desde o uso do vocabulário, corretíssimo, sem palavras vulgares e procurando sempre ser elevado, falando de temas de cultura, de Fé e espiritualidade, para proveito e desenvolvimento espiritual, evitando os de caráter banal; a forma de se vestir exemplar, de acordo com a moral católica; a vida comunitária nas sedes preservando sempre o pudor, os bons costumes, a máxima correção no trato e comportamento de total caridade. Isto precisamente foi o que mais me cativou desde o princípio: o trato caritativo. O asseio pessoal dos membros e das casas, a ordem, o horário, a vida com santa disciplina, evitando a ociosidade. A formação moral, religiosa, espiritual e, inclusive, cultural. Enfim, uma autêntica vida celestial. Sigo confiando em Mons. João, em seus mais de sessenta anos de fidelidade e demonstração de zelo pelo ensinamento da ortodoxia da Fé Católica, num desejo ardente de adesão ao Sagrado Magistério e, mais particularmente, ao Santo Padre, como se pode comprovar nesta magnífica obra por ele fundada e na vida íntegra dos membros por ele formados, em seus diferentes ramos – tanto a vida consagrada, clerical e religiosa, como a secular comprometida, na qualidade de cooperadores -, bem como nos escritos de sua autoria, alguns deles editados pela Libreria Editrice Vaticana”.

Integridade moral e de costumes

Eu fui arauto do Evangelho?2.jpgFoi o desejo de levar uma vida de acordo com as exigências da moral e os ensinamentos da Igreja que suscitou a admiração de Alejandro Londoño Villegas, de Sabaneta, na Colômbia:

“Pertenci aos Arautos do Evangelho durante aproximadamente sete anos como leigo de vida consagrada. Hoje, felizmente vivo dentro do Sacramento do Matrimônio, com uma filha de três anos, e dou testemunho de que os Arautos são uma comunidade religiosa de admirar, fiéis à Igreja, na pessoa do Santo Padre, devotos do Santíssimo Sacramento e proclamadores da devoção mariana. Vivi e convivi com membros de todas as partes do mundo e posso testemunhar, também, que nunca presenciei nenhuma desordem moral. De igual modo sou testemunha de suas necessidades econômicas, já que vivem inteiramente da caridade das doações, e todos os recursos recebidos são investidos no apostolado e na manutenção de todos os seus membros e sedes. Agradeço a Deus que me permitiu passar todos esses anos em tão bela comunidade!”

O período mais feliz de minha vida

E Fábio Araújo Hurtado, de Campo Grande (MS), que exerceu funções de responsabilidade nos Arautos, dá seu sincero depoimento: “Conheci, de perto, praticamente todos os setores, desde o seminário até a parte burocrática desta instituição. Durante treze anos fui missionário, visitando famílias em quase todo o Brasil, e pude sentir o bem que as visitas faziam, sobretudo aos mais necessitados de apoio espiritual, como também material que os Arautos fazem, através do Fundo Misericórdia e de outras ajudas sociais. A vida interna que levei durante esses anos foi o período mais feliz de minha vida!

Pude sentir de tal modo a presença de Deus que, muitas vezes, derramava lágrimas de alegria e me perguntava se não estava sonhando. Pude comprovar que nada há na vida interna dos Arautos que fosse contrário à moral ou aos ensinamentos da Igreja. Pelo contrário, sempre houve muito empenho e atenção para que tudo se fizesse de acordo com os ensinamentos evangélicos”.

Profundo amor ao Santíssimo Sacramento, a Maria e ao Papa

“Sou guatemalteco e fui um arauto do Evangelho. Estou vivendo em Washington a trabalho, recém-graduado em um mestrado na Georgetown University de Real Estate Development, depois de me haver formado em arquitetura por The Catholic University of America. Muitos de meus êxitos os devo à minha educação familiar, mas eu nada seria se não fosse pelos Arautos do Evangelho. Foi no seminário que aprendi o que é a disciplina, a importância de ter bons valores e, sobretudo, a ter a Deus no centro de minha vida.

As Missas diárias, as orações, o convívio com meus irmãos de vocação, as homilias e o exemplo de Mons. João foram os fundamentos de minha vida atual. Tenho saudades desse sentimento de estar de forma constante buscando a perfeição e o acercamento a Deus. Não digo que não mais o faça, mas naquele ambiente era mais fácil. Eu não trocaria nada por minha experiência com os Arautos. Dr. Plinio Corrêa de Oliveira e Mons. João me ensinaram o que é o amor e a admiração ao Santíssimo Sacramento, a Nossa Senhora e ao Papado. São seus ensinamentos e seu exemplo, com a inspiração do Espírito Santo, que fizeram expandir o movimento a nível mundial. Com um crescimento incrível de vocações e com um desenho único na arquitetura gótica policromada, os Arautos do Evangelho estão marcando a História”, atesta Carlos Francisco Paiz, da Cidade da Guatemala, na Guatemala.

Gratidão a Mons. João Scognamiglio Clá Dias, o fundador

“Ressalto o quanto a formação recebida dentro dos Arautos do Evangelho foi decisiva para minha vida, fazendo com que eu permanecesse ligado a eles até hoje, como cooperador. Ali sempre fui tratado com complacência e benquerença por todos os membros, que me acompanham até hoje, juntamente com a família que constituí. Agradeço a misericórdia de Nossa Senhora por ter posto em meu caminho tão verdadeira e impecável instituição, com religiosos e religiosas fiéis à Santa Igreja e ao Papado, e que fazem o que for preciso para a implantação do Reino de nossa Mãe Celestial aqui na terra. Sou eternamente grato a Mons. João Scognamiglio Clá Dias, do fundo de minha alma, pois, com sua força para a salvação das almas nos dá tão grande exemplo. Em Mons. João notamos a graça de Deus, seu amor ao Sagrado Coração de Jesus, ao Imaculado Coração de Maria e total obediência e fidelidade à Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Dr. Plinio Corrêa de Oliveira e sua mãe, Da. Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira, exímio modelo de bondade, foram aqueles que transmitiram a Mons. João toda a sua sabedoria e fidelidade à Fé Católica, para então brotar esta magnífica instituição”, declara Diego Lino da Silva Kortbein, de Joinville (SC).

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E Anabelén López Orchard, de Lima, que pertenceu aos Arautos do Evangelho por seis anos, assevera que o sucesso que vem obtendo como jovem empreendedora e psicóloga se deve à formação recebida de Mons. João.

“Durante o período em que fiz parte dos Arautos do Evangelho, morei em São Paulo e pude conhecer Mons. João Scognamiglio Clá Dias pessoalmente, a quem até hoje admiro e quero como pai. Graças a Deus tive oportunidade de assistir às suas Missas, às reuniões de formação que ele dava e, inclusive, pude me confessar e conversar com ele, pedindo conselhos espirituais. Em nenhuma oportunidade ouvi dele algo que pudesse atentar contra a doutrina. Pelo contrário, sempre, em todos os momentos, suas palavras, gestos, e sua pessoa, em geral, eram um constante convite para amar a Nosso Senhor, a sua Santíssima Mãe e a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Não considero que tenha algum trauma ou conflito psicológico por esses seis anos. Muito ao contrário, estou segura de que esses anos foram a base sólida para poder desenvolver-me como pessoa mais humana e, acima de tudo, católica”.

Ela ainda continua:

“Jamais experimentei por parte dos Arautos algum gesto de rejeição ou maltrato, mesmo depois de me haver retirado da vida de comunidade. Sempre mantiveram um trato muito amável e familiar comigo, recebendo deles todo o apoio para continuar com meus projetos, mesmo que sejam fora de suas fileiras”.

Assim se multiplicam os testemunhos de respeitáveis pessoas que, em seu novo estado de vida, não se esqueceram dos benefícios recebidos na aurora primaveril de sua vida espiritual.

A limitação de espaço nos impede de publicar todas as declarações que continuamente recebemos. Decerto, porém, estão elas registradas com letras de ouro no Sapiencial e Imaculado Coração de Maria, por toda eternidade.

Por Padre David Ritchie, EP
(in “Revista Arautos do Evangelho”)

 

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