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O Filho de Deus em Sua encarnação juntou-se, de certa forma, a todo o homem

Redação (Segunda-feira, 08-10-2012, Gaudium Press) Trata-se aqui de um antigo ensinamento enraizado no Novo Testamento e que o Concílio Vaticano II propõe: “O Filho de Deus se uniu com a encarnação, de certa forma , a todo homem”. Isso deixa claro que, por um lado, a união hipostática faz apenas Cristo uma vez com a Encarnação em sua humanidade em concreto e, portanto, essa hipóstasis está completa nEle e com toda a humanidade.

Nós também podemos dizer que graças a esse “sentido” que veio com a Encarnação, a união com toda a humanidade é feita no plano da salvação, que é a base pela qual Cristo ressuscitou homem de sua miséria fazendo-o partilhar a sua vida divina. Portanto, a Igreja, na sua liturgia, proclamando “O felix culpa”, canta as alegrias do Povo de Deus por, ao pecar nossos primeiros pais, a Encarnação do Verbo e da redenção da humanidade através de sua morte e ressurreição e concede-nos o dom do Espírito. Uma coisa está clara e é um mistério, a grandeza e a beleza que Cristo se elevou de sua homem prostração para participar de uma convivência com a Trindade, um ‘comunio’ com ela. Sem mencionar a promessa da sua presença diária na Eucaristia. Jesus não desiste de graça e de generosidade para com o homem.

A tradição dos primeiros pais da igreja quis explicar o contexto do Bom Pastor e a ovelha perdida como um símbolo de toda a humanidade pecadora. Assim o descreve Gregório de Nissa (contra Apoliarem XVI):

Esta ovelha somo nós, homens. Nós separamos com o pecado das cem ovelhas. O Salvador carrega o fardo sobre as costas de todas ovelhas. Porque não perdeu parte apenas, mas porque ele tinha perdido por inteira, então por inteira vai sendo acompanhada. O pastor leva em suas costas, ou na sua divindade. Para esta hipótese torna-se um com Ele.

É interessante que com esta idéia de Cristo foi profundamente enraizada na Igreja, de modo que as interpretações mais antigas se conhecem de Cristo, pintar ou esculpir como o Bom Pastor carregando a ovelha em seus ombros. Também observou na Liturgia do quarto domingo depois da Páscoa, justamente com a festa do Bom Pastor.

Santo Agostinho comenta o fato e também resgata a tradição de que:

Quando o corpo do Filho reza não se separe de sua cabeça, de tal modo que esta seja um salvador único do corpo, nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que reza por nós, reza em nós, é invocado por nós.

Esta é a conexão misteriosa que foi estabelecida na Encarnação de Cristo, como Cabeça que que salva o corpo e que, sendo cabeça, foi intimamente ligado ao corpo, para que a plenitude do último, devido à cabeça, constitui na salvação do próprio Cristo, não mais concebível sem o corpo da sua Igreja. Assim, temos dois movimentos: um a partir da cabeça e para o corpo de outro organismo para a cabeça. Nada do que acontece na cabeça é fora do corpo e vice-versa.

Concluímos com um pensamento do teólogo, o Papa Bento XVI hoje, em 1968, na Gaudium Spes 22:

Pela primeira vez em um documento da Igreja temos uma versão completamente nova de teologia cristocêntrica. Baseado em Cristo este ousa apresentar teologia como antropologia e se mostra radicalmente teológica pelo fato de que eles incluíram o homem no discurso de Deus através de Cristo, assim, expressando a profunda unidade da teologia.

Para o DIAC. Francisco Berrizbeitia, EP

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