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“Advento é hora de reencontro e reencantamento”, afirma o arcebispo de Londrina

Londrina (Segunda-Feira, 10/12/2012, Gaudium Press) Com o título “Advento um tempo favorável”, dom Orlando Brandes, arcebispo de Londrina, no Estado do Paraná, afirmou em um artigo recente que este é o momento favorável, pois Deus está no nosso agora, no nosso cotidiano, no nosso minuto. Segundo ele, o advento de Deus acontece em nossas circunstâncias, em nossa história e nossa existência, pois todo dia é dia de Deus e ele está em nós e no meio de nós, fazendo o nosso caminho.orlando_brandes_arcebispo_de_Londrina.jpg

O prelado explica que celebrar o tempo do Advento é reviver a história da encarnação de Jesus, portanto, a plenitude dos tempos. Para dom Orlando, é o tempo de preparar os caminhos, tempo de dar tempo para Deus e para os irmãos. “Nestes tempos de consumismo, os esposos não têm tempo pra si e pais não encontram tempo para seus filhos. A grande maioria das pessoas não tem tempo para Deus. Tempo é questão de preferência. Muitos preferem dar tempo para o shopping, para time de futebol, para a correria estressante da vida”, completa.

De acordo com o arcebispo, o tempo do Advento é o tempo da realização das promessas de Deus sobre a vinda do Messias. Ele adverte ainda que Deus dedica muito tempo a nós e nós temos pouco tempo para as coisas de Deus. Dom Orlando acredita que sofremos fadiga, esgotamento, cansaço, stress, vazio, frustração por não respeitar o tempo do silêncio, do lazer, da oração, nem o tempo para diálogo, a visita, a amizade.

“O Advento é tempo para a gente parar, meditar, silenciar. Assim poderemos recuperar a saúde, a paz, a alegria, a bússola da verdade. Advento é hora de reencontro e reencantamento. Estamos celebrando um tempo de renovação da fé: o Ano da Fé. Do grau da fé depende o tipo de cristianismo que vivemos. Da intensidade ou da superficialidade da fé, depende a vivencia do tempo do Advento e do Natal.”

Com relação à fé, dom Orlando ressalta que ela é o impulso que rompe com nossa rotina e mesmice que são entraves e amarras à dedicação do nosso tempo para a evangelização. Conforme ele, a fé é couraça e escudo que nos defende do mal, e nos ajuda a viver de modo adequado o tempo que nos é dado, inclusive a não perder tempo à toa.

O prelado também enfatiza que a fé nos livra das preocupações que nos enganam, estressam e deprimem tomando o maior tempo da nossa vida. Ele destaca que a fé destrói nossos apegos que são a raiz de todo sofrimento emocional e psíquico, e que ainda nos impele a sair do comodismo e da omissão que atrofiam a missão, fracassam a Igreja e deixam espaços para os ídolos.

“A fé é a vitória sobre nossa mediocridade tão nociva, porque prejudica a credibilidade do evangelho. Não podemos ter uma fé morna. Eis o tempo favorável do Advento que nos conduz ao deserto para reavivarmos a força da fé. Eis o tempo para retornar ao poço, à fonte, a exemplo da samaritana, que abandonou a vida errada e tornou-se anunciadora da fé”, afirmou o arcebispo.

Por fim, dom Orlando disse que o Advento é um tempo que nos interpela á decisão, opção, resolução para nossa conversão, pois não podemos subsistir sem a necessária conversão. Ele lembra que Jesus veio, vem e virá, e que os que o recebem se tornam filhos de Deus.

“Entremos neste Advento pela porta da fé, prossigamos no caminho de Jesus até chegarmos à porta do céu, do fim que não terá fim, da luz sem ocaso, onde seremos coroados pelo bem que realizamos no tempo de nossa existência. No tempo preparamos a eternidade. No entardecer de nossa vida seremos julgados pelo amor. Sejamos gratos ao Criador que na sua sabedoria nos chamou a viver nestes tempos da história da humanidade”, conclui. (FB/JS)

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