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Vivemos uma época com mais mártires do que nos primeiros séculos, diz Santo Padre

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 16-04-2013, Gaudium Press) – Na manhã de segunda-feira o Papa celebrou missa na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, com a presença dos funcionários do Serviço telefônico vaticano e do Setor de internet vaticano.

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Foto Gustavo Kralj / Gaudium Press  

Na celebração o Papa Francisco convidou os presentes a rezarem pelos muitos cristãos que são martirizados em nossos dias, aqueles que são falsamente acusados, perseguidos e assassinados por ódio à fé.Usando uma linguagem dura, o Santo Padre falou da calunia como um dos piores e mais desprezíveis atos humanos.

Na homilia, o Pontífice comentou o martírio de Santo Estevão. Estevão, o primeiro mártir da Igreja, é uma vítima da calúnia. E a calúnia é pior do que um pecado: a calúnia é uma expressão direta de Satanás.”A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas”, foi o que afirmou o Papa Francisco

A leitura dos Atos dos Apóstolos apresenta Estevão, um dos diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que é levado ao Sinédrio por causa de seu testemunho do Evangelho. Diante do Sinédrio aparecem “falsas testemunhas” que acusaram Estevão.

Francisco foi direto: os inimigos de Estevão usaram “o caminho da luta suja, a calúnia”. sobre este ponto: porque – observou – “não bastava o combate honesto, a contenda entre homens de bem”,

“Todos nós somos pecadores: todos. Temos pecados. Mas a calúnia é outra coisa. É claro que é um pecado, mas é outra coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa intrinsecamente ruim: nasce do ódio. E quem faz o ódio é Satanás. A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, nas almas. A calúnia utiliza a mentira para seguir adiante. E não duvidemos: onde há calúnia está Satanás, ele mesmo.”

Estevão, comentou o Papa, não retribuiu a mentira com a mentira, “não quis seguir por aquele caminho para salvar-se. Ele olhou para o Senhor e obedeceu à lei”, permanecendo na paz e na verdade de Cristo. E é o que “acontece na história da Igreja” – reiterou -, porque do primeiro mártir até hoje são numerosos os exemplos de quem testemunhou o Evangelho com extrema coragem:

“Mas o tempo dos mártires não acabou: também hoje podemos dizer, na verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo dos primeiros séculos. A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados, que são perseguidos, que são assassinados por ódio a Jesus, por ódio à fé: um é assassinado porque ensina catecismo, outro porque carrega a cruz… Hoje, em muitos países, os caluniam, os perseguem… são irmãos e irmãs nossos que hoje sofrem, neste tempo de mártires.”

O Santo Padre frisou que o nosso tempo “é uma época com mais mártires do que nos primeiros séculos”.

“Peçamos à Virgem Maria que nos proteja, e nos tempos de turbulência espiritual o lugar mais seguro é sob o manto de Nossa Senhora. É a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires é ela, de certo modo, a protagonista da proteção. É a mãe. (…) Digamos a ela com fé: ‘A Igreja está sob a tua proteção, ó mãe. Cuida da Igreja’.”
(JS)

Com informações Radio Vaticano

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