Oito anos de ensinamentos de Bento XVI que vão passar para a História
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 27-02-2013, Gaudium Press) – Em seu Pontificado de quase oito anos, Bento XVI publicou três Encíclicas. A primeira delas veio a lume apenas oito meses depois que ele foi eleito: “Deus caritas est”. Numa tradução literal seu nome seria “Deus é Amor” e trata do tema “amor divino e amor humano” com profunda reflexão.
Na ocasião de sua publicação o próprio Papa, em palavras proferidas em 23 de janeiro de 2006, afirmou: “Nesta Encíclica queria mostrar as diversas dimensões do conceito de amor. O eros, o dom do amor entre o homem e a mulher vem da mesma fonte de bondade do Criador, como também a possibilidade de um amor que renuncia a si mesmo em favor dos demais”.
Em 2007 foi a vez do Santo Padre tratar da esperança em uma Encíclica que se chamou “Spe salvi”. Era a segunda Encíclica de Bento XVI. Nela ele explica os motivos que levam os cristãos a ter esperança na vida terrena e na vida futura. Ela traz argumentos que justificam a virtude da esperança cristã.
A terceira encíclica foi publicada no ano de 2009. Seu nome: “Caritas in veritate”, ou seja, A Caridade na Verdade. Trata-se de uma Encíclica sobre questões sociais. Nela o Papa propõe um desenvolvimento integral com base na caridade e respeitando a verdade da pessoa. Uma orientação que traz luz sobre a grave crise econômica mundial.
Além da três Encíclicas, Bento XVI escreveu quatro Exortações Apostólicas, fruto das reflexões dos sínodos dos Bispos. Dessas exortações, uma fala sobre o sacramento da Eucaristia, uma segunda exortação tem como tema “a Palavra de Deus e a missão da Igreja. A terceira exortação Apostólica trata sobre a Igreja na Africa. A última delas trata da Igreja no Oriente Médio.
O Papa Bento XVI publicou também um grande número de documentos de governo: 129 Cartas Apostólicas e 116 Constituições Apostólicas.
Para o Diego Contreras, professor de Comunicação Social Institucional da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma, em declarações feitas a “Rome Reports”, afirma: “Não só a especulação teológica mas a forma em que essa especulação é feita se faz vida e a aplica aos fiéis de todas condição. Creio que é uma riqueza que lembra os Padres da Igreja que eram muito profundos, porém, eram entendidos por todos e o que ensinavam tinha aplicações práticas para a maioria dos cristãos”.
Destaca-se também sua trilogia de discursos sobre o bom governo e as relações Igreja-Estado, em Paris, Londres e Berlim; ou seu discurso acadêmico em Regensburg, na Alemanha.
A tudo isso ainda é necessário que seja somado outro presente que Bento XVI deixa para a Igreja: suas catequeses e homilias. sem dúvida, um imenso patrimônio magisterial que os católicos levarão muitos anos para assimilar. (JS)
Com informações Rome Reports
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