Cada Papa tem seu estilo próprio de trabalhar, afirma Padre Lombardi
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 23-04-2013, Gaudium Press) O Diretor da Rádio Vaticano e porta-voz da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, explicou como a Sala de Imprensa da Santa Sé se adequou ao “estilo Francisco” de relacionar-se com as pessoas e com a agenda.
O Papa Francisco tem “um estilo comunicativo novo e imediato. Pega o telefone e chama”, explicou o Padre Lombardi, “o seu modo de trabalhar, sua espontaneidade e agilidade agradam a todos, antes de tudo a mim”.
O sacerdote explicou que cada Papa tem seu estilo próprio de trabalhar. “Bento XVI trabalhava bem diferente do Papa Wojtyla, muito integrado ao sistema da Secretaria do Estado. Em relação a Bergoglio, estamos atentos em ver como se movimenta, e, está claro que é muito diferente.”
Segundo o Padre Lombardi, é muito complexo entender como comunicar o Vaticano. “Existem comunicações que vem de cima, decisões para comunicar à imprensa com explicações e comentários, ou às vezes, recebemos perguntas dos jornalistas. É necessário entender a qual interlocutor dirigir-se.”
A Sala de Imprensa da Santa Sé não é uma “porta-voz” do Papa, mas uma “porta aberta ao diálogo com a imprensa”, declarou.
Durante o período do Conclave e já no pré-Conclave, o Padre Lombardi percebeu uma “boa ocasião para dar informações a uma grande comunidade” de pessoas e “ainda hoje colhemos os frutos disto: se desenvolveram relações muito boas com os jornalistas, uma conexão cotidiana com o mundo, que libera pequenas informações muito concretas, porém úteis”.
Ainda tratando do Conclave, o Padre Lombardi recordou do pedido feito por um jornalista para que assim que o porta-voz da Santa Sé soubesse o nome do novo Papa lhe enviasse através de SMS. Padre Lombardi por sua vez, convidou o jornalista a viver “o suspense com o povo de Deus, que espera escutar o nome pronunciado pelo proto-diácono. As pessoas tem necessidade desta experiência e tirar isto delas não é um bom serviço”. Explicando o motivo Padre Lombardi afirmou: “Eu tentei fazer entender aos jornalistas, que nem sempre antecipar é o melhor caminho para fazer comunicação e quando se procura chegar antes, às vezes se comete um erro, ou mesmo, um grande erro”. (EPC)
Com informações da Rádio Vaticano.
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