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Em encontro com jornalistas Dom Fisichella analisa pontificado de Bento XVI

Roma (Segunda-feira, 03-06-2013, Gaudium Press) “Espero que Bento XVI seja recordado na história por ter identificado o modo da Igreja relacionar-se com o mundo contemporâneo”, com estas palavras se referiu hoje Dom Salvatore Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, sobre o Pontificado do Papa Emérito a um grupo de jornalistas que participavam do curso sobre informação religiosa que ofereceu, desde março passado em Roma, a Pontifícia Universidade da Santa Cruz.

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Dom Fisichella durante a conferência “2005-2012:
uma análise do Pontificado de Bento XVI”

O prelado foi o encarregado de dar a conferência conclusiva do encontro acadêmico, que levou como tema “2005-2012: uma análise do Pontificado de Bento XVI”.

Durante sua dissertação, Dom Fisichella descreveu o serviço petrino do Pontífice emérito a partir de quatro aspectos: um pontificado onde não houve descontinuidade no Magistério, mas desenvolvimento; que deu forte atenção a questão de Deus no mundo contemporâneo; onde se abordou o tema do pecado da Igreja e que enfatizou a alegria como algo constante do ser cristão.

Especial ênfase deu o prelado à questão de Deus no mundo contemporâneo, assinalando que Bento XVI foi o Papa que “mais questionou o motivo pelo qual o homem esqueceu-se de Deus”, aspecto que se vê -como descreveu- com a importância que o Pontífice deu ao fenômeno do secularismo e do relativismo.

A esse respeito, disse que foi justamente o tema da questão de Deus o que colocou a Igreja em um estado de Nova Evangelização, que significa “colocar tudo em uma nova linguagem, em categoria cristã”. Razão pela qual -segundo comentou- o Papa Emérito criou no ano de 2010 o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, que justamente hoje é presidida por Dom Fisichella.

Em relação com o tema do pecado da Igreja, o prelado recordou que durante o Ano Sacerdotal, celebrado em 2010, o Papa Emérito falou de frente sobre o fenômeno dos escândalos da Igreja; “um escândalo que encontrou a resposta com Bento XVI”, que, “trocou as cartas, querendo mostrá-las sobre o pensamento: ‘é a verdade que salva'”, opinou.

Finalmente, Dom Fisichella referiu-se ao tema da alegria, como uma constante do pontificado de Bento, que em repetidas ocasiões convidou os fiéis a vivere, “a alegria de serem filhos do Criador”.

Mais de 30 jornalistas e comunicadores que trabalham em diversos meios de comunicação participaram do curso sobre informação religiosa.

Gaudium Press / Sonia Trujillo

Tradução Emílio Portugal Coutinho

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