Papa define tarefa do teólogo: "discernir e refletir no aqui e agora”
Cidade do Vaticano – (Sexta-feira, 04/09/2015, Gaudium Press) – “A Teologia deve ser feita de joelhos, porque é santidade de pensamento e lucidez orante”. Esta afirmação é do Papa Francisco e ele a fez em dirigindo-se aos participantes do Congresso Internacional de Teologia realizado de 1º a 3 de setembro na Pontifícia Universidade Católica da Argentina, dentro das celebrações dos 100 anos da Faculdade de Teologia desta Casa de Estudos.
O Papa uniu-se a esta “ação de graças” gravando um vídeo mensagem no encerramento de três dias de reflexão teológica.
Na gravação, o Pontífice recorda que o teólogo é principalmente filho do seu povo, que “encontra as pessoas, as histórias”, conhece “a tradição”.
O teólogo é também “um fiel”, que “tem experiência de Jesus Cristo, e descobriu que sem Ele não pode viver”. É ainda um profeta porque, refletindo “a tradição que recebeu da Igreja”, “mantém viva a consciência do passado”, criando o convite ao futuro, em que Jesus derrota a autorreferencialidade e a falta de esperança.
O Pontífice ressaltou em suas palavras “a importância da memória que nos permite recordar de onde viemos e ao mesmo tempo, nos move a descobrir em meio ao caminhar, que o Povo fiel a Deus não está só. É o Espírito quem o guia, quem o sustenta e o impulsiona”.
O Pontífice, falando da Igreja e do papel do teólogo, sublinhou que a “catolicidade exige uma tensão entre o particular e o universal, entre o uno e o múltiplo.
Aniquilar esta tensão vai contra a vida do Espírito. Toda intenção de romper a relação entre Tradição recebida e a realidade concreta, põe em risco a Fé do Povo de Deus”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)
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