Sem aviso prévio, Papa visita comunidade de recuperação de dependentes químicos
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 26/02/2016, Gaudium Press) – Hoje, 26/02/2016, segunda sexta-feira da Quaresma o Papa Francisco realizou no contexto dos “sinais jubilares” de testemunho das obras de misericórdia, uma visita à Comunidade San Carlo, junto a Castelgandolfo.
Esta comunidade foi fundada pelo Padre Mario Picchi, com o objetivo de prevenir e enfrentar a exclusão social das pessoas, oferecendo especial e particular atenção aos toxicômanos. A obra pertence ao Centro Italiano de Solidariedade.
Seguindo a linha que conceitualmente liga esta Sexta-feira da Misericórdia, os gestos que o Papa realiza durante o Ano Santo repassam simbolicamente as Obras de Misericórdia. Sem nenhum aviso prévio, o Papa Francisco apareceu na porta da Comunidade terapêutica San Carlo para visita-la. A comunidade abriga 55 hóspedes. Todos eles realizam um percurso procurando sair da dependência das drogas.
A surpresa foi geral: ninguém esperava poder encontrar o Papa.
Como não poderia deixar de ser , uma profunda comoção tomou conta dos presentes. Francisco procurou estar junto com os jovens, ouvir as suas histórias e que cada um sentisse sua proximidade e apoio.
O Papa aconselhou, provocou-os a não se deixarem devorar pela “metástase” da droga, abraçou-os. Francisco queria fazê-los compreender o quanto o caminho iniciado na comunidade é uma real possibilidade para recomeçar a manifestar uma vida digna de ser vivida.
Um gesto por semana
Cada semana o Papa fara um gesto de misericórdia, no contexto do Ano Santo. Este foi o segundo.
Com este sinal Francisco quis acentuar a necessidade de ter uma constante confiança na força da Misericórdia, que continua a apoiar a nossa peregrinação e que, acompanhando-nos também nas horas mais frias, faz sentir o calor da sua presença e reveste o homem da sua dignidade.
Significado da visita
O significado desta visita foi explicado pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Arcebispo Rino Fisichella:
“O Papa Francisco não deixa de surpreender. A sua viagem ao México foi caracterizada por uma forte e inequívoca denúncia em relação ao narcotráfico.
Suas palavras claras permanecem como um eco inconfundível: “Me preocupam tanto que, seduzidos pelo poder vazio do mundo, exaltam as quimeras e se revestem de seus macabros símbolos para comercializar a morte…
Vos peço para não subestimares o desafio ético e anticívico que o narcotráfico representa para a juventude e para toda a sociedade, incluída a Igreja”.
Assim, há poucos dias de seu retorno da viagem ao México, o Papa quis ser novamente um sinal concreto e visível daquilo que havia dito na Catedral da Cidade do México:
“Nós Pastores da igreja não podemos refugiar-nos em condenações genéricas, mas devemos ter uma coragem profética e um sério e qualificado projeto pastoral para contribuir, gradualmente, em tecer uma delicada rede humana…
Somente começando pelas famílias; aproximando-nos e abraçando a periferia humana e existencial dos territórios desolados das nossas cidades; envolvendo as comunidades paroquiais, as escolas, as instituições comunitárias, a comunidade política, as estruturas de segurança; somente assim se poderá libertar totalmente das águas nas quais, infelizmente, se afogam tantas vidas”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)
Deixe seu comentário