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Papa no Regina Caeli: ninguém pode considerar-se discípulo de Jesus, se não escuta a sua voz

Cidade do Vaticano – (Segunda-feira, 18/04/2016, Gaudium Press) – Neste domingo do Bom Pastor e dia mundial de oração para as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, (17/04), ao meio dia, o Papa Francisco procedeu a recitação do Regina Caeli na Praça de S. Padro.

A Praça estava repleta de fiéis e peregrinos vindos de vários pontos da Itália e do mundo.

Eles ali estavam para assistirem a Santa Missa e, em seguida, o Regina Caeli.

Francisco comentou o Evangelho, antes de rezar a tradicional oração mariana para o período Pascal.

Era o Evangelho do domingo do Bom Pastor e o Papa quis descrever o ambiente onde nasceram as palavras sobre a imagem da ovelha e do pastor pronunciadas por Jesus no Evangelho do dia.

É a festa da dedicação do Templo de Jerusalém que se celebrava. Jesus se encontrava precisamente nos arredores do Templo e o local sugeriu a ele as imagens da ovelha e do pastor.

Jesus se apresenta, então, como “o Bom Pastor”: “As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão”.

Para Francisco, “Estas palavras ajudam a compreender que ninguém pode considerar-se discípulo de Jesus, se não escuta a sua voz. E este escutar não deve ser entendido de maneira superficial, mas envolvente até ao ponto de tornar possível um verdadeiro conhecimento recíproco a partir da qual pode provir um seguimento generoso(…) Trata-se de um ouvir não só com as orelhas, mas também com o coração”.

O Papa sublinhou que a imagem do pastor e das ovelhas indica a estreita relação que Jesus quer estabelecer com cada um de nós.

Ele é o nosso Guia, o nosso Mestre, o nosso Amigo, o nosso modelo, mas sobretudo é o nosso Salvador.

De fato, Jesus afirma: “Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão”.

Estas palavras, disse Francisco, comunicam-nos o sentido de segurança e de imensa ternura.

Nossa vida está plenamente segura nas mãos de Jesus e do Pai que são uma única coisa: um único amor, uma única misericórdia revelados uma vez por todas no sacrifício da cruz.

No mistério da cruz, sublinha o Papa, Jesus nos deu a vida, a vida em abundância e este mistério renova-se sempre e com humildade surpreendente, na eucaristia.

É na eucaristia que as ovelhas se reúnem para se alimentarem, é na eucaristia que elas se tornam num só corpo entre eles e em união com o Bom Pastor.

E o Pontífice concluiu dizendo que não temos mais medo: nossa vida, doravante, está salva da perdição. Nada e ninguém pode arrebatar-nos das mãos de Jesus precisamente porque nada e ninguém pode vencer o seu amor.

O Maligno, esse grande inimigo de Deus e das suas criaturas, não pode realizar nenhum mal contra nós, a não ser que sejamos nós a abrir-lhe as portas da nossa alma, para suas propostas enganadoras.

Que a virgem Maria que escutou e seguiu a voz a do Bom Pastor, nos ajude então a acolher com júbilo, o convite de Jesus a tornarmo-nos seus discípulos e a viver sempre com a certeza de estarmos nas mãos de Deus, foi o desejo final expresso pelo Papa. (JSG)

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