Gaudium news > Na Audiência Geral, Papa aconselha rezar sem arrogância e sem hipocrisia

Na Audiência Geral, Papa aconselha rezar sem arrogância e sem hipocrisia

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 01/06/2016, Gaudium Press) – Na Audiência Geral desta quarta-feira, primeiro de junho, realizada na Praça São Pedro, o Santo Padre continuou sua série de catequeses sobre a misericórdia nos Evangelhos.

Após a parábola do juiz e da viúva que ele comentou na semana passada, desta vez ele deteve-se na parábola do fariseu e do publicano, que está apresentada no capítulo 18 do Evangelho de São Lucas.

Uma parábola que, segundo o Papa, nos ensina “a atitude correta de como rezar”.

O Fariseu

Francisco lançou um olhar crítico sobre a atitude que ele considerou hipócrita do fariseu:

Ele “permaneceu de pé” e ‘usa muitas palavras”.

Segundo o Pontífice, enquanto parece pronunciar “uma oração de agradecimento a Deus”, na realidade ele está desenvolvendo “uma exibição de seus próprios méritos, com um sentido de superioridade sobre os outros homens, ladrões, injustos e adúlteros”.

Na verdade, este fariseu “Olha para si mesmo, em vez de ter o Senhor diante de seus olhos, ele tem um espelho”, disse Francisco.

“Quando rezamos, devemos, ao contrário, deixar de lado toda a arrogância e hipocrisia.” Em nosso mundo cheio de ruído, tensões e solicitações diversas, é necessário “redescobrir o valor da intimidade e do silêncio, porque é lá que o Senhor nos encontra e nos fala”. E nada serve para preencher esse silêncio, menos ainda palavras desnecessárias.

O Publicano

Atitude contrária tem o Publicano, mostrou Francisco. O coletor de impostos vem ao templo com uma alma humilde e arrependida. Por um curto espaço de tempo, ele faz sua oração:

“Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador”. “Nada mais… Uma bela oração”.

“Os gestos de penitência e as poucas e simples palavras do publicano testemunham que sua consciência reconhece sua miserável condição”.

“Apresentando-se de mãos vazias, com o coração despido e reconhecendo-se pecador, o republicano mostra a todos qual a condição necessária para receber o perdão do Senhor”, disse o Papa.

Deus e a humildade

O Papa Francisco continuou sua catequese e explicou porque o Senhor perdoa o pecador humilde: “Deus tem uma fraqueza: é a fraqueza pelos humildes. Diante de um coração humilde, Deus abre totalmente seu coração” “Ele se debruça sobre seu servo humilde… Sua misericórdia se estende de geração em geração para aqueles que O temem”.

No final de suas considerações, evocando as palavras do Magnificat, o Santo Padre incentivou os fiéis a seguirem o exemplo da humildade de Maria. (JSG)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas