Cinco obstáculos que impedem de sentir a real presença de Deus: Papa, na Audiência Geral
Cidade do Vaticano – (Quinta-feira, 08/09/2016, Gaudium Press) – Inspirado na afirmação do Evangelho de Mateus: “É a misericórdia que salva”, o Papa Francisco dirigiu-se a milhares de fiéis e peregrinos na Audiência Geral de quarta-feira (7/9).
Ele lembrou também, a dúvida da “noite escura no coração” de João Batista, que não entendia o “estilo muito diferente” de agir de Cristo – “o instrumento concreto da misericórdia do Pai”.”.
Justiça e Misericórdia
“A justiça que João Batista colocava ao centro da sua pregação, em Jesus se manifesta em primeiro lugar como misericórdia. Esta passa a ser a síntese do agir de Jesus, que desta maneira torna visível e tangível o agir do próprio Deus”.
“Deus não mandou seu Filho ao mundo para punir os pecadores tampouco para destruir os maus. A eles é feito o convite à conversão para que, vendo os sinais da bondade divina, possam reencontrar a estrada do retorno”.
Construir imagens falsas de Deus
Lembrando o Evangelho, Francisco disse: “A advertência de Jesus é sempre atual: também hoje o homem constrói imagens de Deus que lhe impede de sentir a sua real presença”.
A partir desse aviso evangélico, o Pontífice destacou 5 obstáculos, Francisco elencou 5 destes obstáculos atuais que impedem de sentir a real presença de Deus:
1.”Alguns tecem uma fé ‘faça você mesmo’ que reduz Deus ao espaço limitado dos próprios desejos e das próprias convicções. Mas esta fé não é conversão ao Senhor que se revela, ao contrário, impede-O de provocar a nossa vida e a nossa consciência”.
2. “Outros reduzem Deus a um falso ídolo; usam seu santo nome para justificar os próprios interesses ou até mesmo o ódio e a violência”.
3. “Para outros Deus é somente um refúgio psicológico no qual estar seguro nos momentos difíceis: trata-se de uma fé dobrada em si mesma, impermeável à força do amor misericordioso de Jesus que conduz em direção aos irmãos”.
4. “Outros ainda consideram Cristo somente um bom mestre de ensinamentos éticos, um entre tantos na história”.
5. “Finalmente, há quem sufoca a fé em uma relação puramente intimista com Jesus, anulando o seu impulso missionário capaz de transformar o mundo e a história.
E Francisco arrematou, para concluir:
“Nós cristãos acreditamos no Deus de Jesus Cristo, e o seu desejo é aquele de crescer na experiência viva do seu mistério de amor”.
“Tenhamos o compromisso de não colocar nenhum obstáculo ao agir misericordioso do Pai, e peçamos o dom de uma fé grande para que também nós sejamos sinais e instrumentos de misericórdia”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)
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