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Beato Carlos I, intercessor da paz – Afirma Papa ao receber membros da família Habsburgo

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 07-11-2016, Gaudium Press) Na manhã do sábado, 05/11, por volta de 300 membros da Família Habsburgo da Áustria, dentre eles cerca de 60 crianças, foram recebidos pelo Papa Francisco, na Sala Clementina, no Vaticano.

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Os nobres Austríacos estavam em Roma para cumprir a peregrinação jubilar do Ano Santo da Misericórdia.

Imperador Carlos I, da Áustria

Francisco lembrou em suas palavras então proferidas, que, há exatos 100 anos, o bem-aventurado Carlos I da Áustria, subia ao trono austro-húngaro.

A presença espiritual, em meio à Família austríaca, se torna ativa em nossa história, com seus desafios e necessidades, afirmou o Santo Padre.

O Papa recordou que alguns dentre os nobres daquela família ainda hoje assumem importantes cargos em Organizações de Solidariedade e Promoção humana e cultural que se baseiam nos valores humanos e cristãos.

Francisco falou também de sua satisfação ao saber que no âmbito da nova geração da Família Habsburgo surgiram vocações ao Sacerdócio e à Vida Consagrada:
“Por isso, com vocês, dou graças ao Senhor e aproveito a oportunidade de reconfirmar que a família cristã é o primeiro terreno onde as sementes das vocações, – a partir da vida conjugal, que é uma verdadeira vocação, – podem germinar e se desenvolver”.

Pai de Família, servidor da causa da Paz e da Vida

O Santo Padre quis recordar o exemplo do bem-aventurado Carlos da Áustria que, antes de tudo, foi um bom pai de família e, como tal, servidor da causa da paz e da vida.

Ele serviu ao exército austríaco no início da I Guerra Mundial, assumiu o poder da Áustria em 1916; foi sensível ao desejo do Papa Bento XV, prodigalizando-se, com todas as suas forças, para a construção da paz, a ponto de ser incompreendido e ridicularizado.

Francisco concluiu suas palavras aos nobres austríacos convidando os presentes a invocarem o bem-aventurado Carlos da Áustria, como intercessor, para obter de Deus a paz para a Humanidade.

Família Habsburgo

A “Casa de Habsburgo” também conhecida como “Casa d’Áustria” é uma das mais importantes famílias nobres da Europa.
O Sacro Império Romano Germânico (962-1806) e o Império Austro-Húngaro (1867 a 1918) eram governados pela dinastia soberana dos Habsburgo.

Ela exerceu uma extraordinária influência na história da Europa, e continua com esta influência até hoje, mesmo não exercendo em nossos dias poderes de jurisdição e mando na proporção que outrora teve.
É bom recordar que a esta família pertenceu Dona Maria Leopoldina da Áustria, esposa do Imperador Dom Pedro I e mãe do último Imperador brasileiro Dom Pedro II.

A partir de 1273 a Casa de Habsburgo passou a ser denominada “Família Imperial Austríaca”.
Atualmente, os Habsburgo têm a sua frente Carlos de Habsburgo-Lorena, que possui os títulos de Imperador da Áustria, Hungria, Boêmia, Croácia, bem como o de Rei de Jerusalém.

Foi ele que, em nome de todos, ofereceu ao Papa, o presente de “uma cruz de metal com relíquias” do Imperador Beato.

E ele destacou que a ida a Roma foi também uma oportunidade de “conhecerem-se e passar um pouco de tempo juntos como uma família”.

“Em tempos preocupantes como os de hoje, temos grande necessidade de exemplos de paz”, disse, dando o exemplo do avô beatificado pelo Papa João Paulo II em de outubro de 2004 e cujo centenário da coroação comemora-se este mês.

Beato Carlos I

A Igreja reconheceu as virtudes heroicas do bem-aventurado Carlos de Habsburgo, imperador da Áustria e rei da Hungria, e último imperador católico.

Carlos de Habsburgo reinou nos anos da I Grande Guerra Mundial, denominada como “massacre inútil” e que Carlos tentou deter sem sucesso.

Em 1922, com apenas 34 anos, em Funchal, Ilha da Madeira, foram celebrados os funerais do Imperador Carlos I que, depois de cinco meses de permanência na Ilha portuguesa, morria pobre e no exilado.
uma família”.

“Em tempos preocupantes como os de hoje, temos grande necessidade de exemplos de paz”, acrescentou, dando o exemplo do avô beatificado pelo Papa João Paulo II em de outubro de 2004 e cujo centenário da coroação comemora-se este mês.

Às vésperas da sua morte, Carlos sussurrou a sua esposa, a imperatriz Zita:

“Toda a minha aspiração foi sempre conhecer, o máximo possível e em todas as coisas, a vontade de Deus, e segui-la da maneira mais perfeita”. Foi esse o desejo que o acompanhou em toda sua existência.

O Imperador austríaco, que os habitantes da Ilha já consideravam como Santo, despediu-se de sua vida terrena na primavera de 1922. Ao morrer disse apenas uma palavra: “Jesus”. (JSG)

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