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Temos Mãe, nunca seremos um povo órfão! – diz Papa na celebração da Virgem de Guadalupe

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 13-12-2016, Gaudium Press) A Basílica de São Pedro esteve repleta com uma multidão de fiéis que desejavam participar da Santa Missa presidida pelo Papa Francisco e rezada em honra da Virgem de Guadalupe.

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2016 foi o terceiro ano consecutivo que o Papa Francisco celebra em São Pedro a Festa da Padroeira do México e também patrona de todo o continente americano e das Filipinas.

Recitação do Terço e homilia

Antes da celebração eucarística foi rezado o Santo Rosário em espanhol e, ainda na Basílica, houve o solene cortejo de entrada das bandeiras de todas as nações devotas da Virgem de Guadalupe.

Estavam presentes e participaram das comemorações vários Cardeais, Bispos, religiosos, religiosas, membros da Cúria Romana e do corpo diplomático.

Durante a homilia, o Papa Francisco disse que “Celebrar Maria é, em primeiro lugar, lembrar da mãe, lembrar que não somos nem nunca seremos um povo órfão. Temos uma Mãe!”

Onde há uma mãe, afirmou o Papa, “existe presença e gosto de casa; onde há uma mãe, os irmãos podem até brigar, mas a unidade sempre triunfará, onde há uma mãe, não faltará a luta a favor da fraternidade”.

Francisco lembrou as “mães batalhadoras” da América Latina, “que, muitas vezes, criam seus filhos sozinhas”. E afirmou que “assim é Maria conosco, seus filhos: Mulher batalhadora frente à sociedade da desconfiança e da cegueira, frente à sociedade do abandono e da dispersão; Mulher que luta para potencializar a alegria do Evangelho”.

Maria e Santa Isabel

O Santo Padre recordou, em sua homilia, a passagem evangélica na qual a Virgem Maria visita sua prima Santa Isabel que, no momento do encontro, relata como “o menino saltou de alegria em meu ventre. Feliz de ti [Maria] porque acreditaste”.

Para o Papa, esta “cena evangélica simboliza todo o dinamismo da visita de Deus: quando Deus sai ao nosso encontro mobiliza o mais profundo de nós, põe em movimento o que somos até transformar toda a nossa vida em louvor e bênção”.

“A sociedade que estamos construindo para nossos filhos está cada vez mais marcada pelos sinais da divisão e da fragmentação, deixando de lado especialmente aqueles que não obtêm o mínimo para viver com dignidade”.

É “uma sociedade que se vangloria de seus progressos científicos e tecnológicos, mas que é cega e insensível aos milhares de excluídos pelo orgulho de poucos”. “Uma sociedade que termina instalando uma cultura da desilusão, o desencanto e a frustração em muitíssimos de nossos irmãos”.

Cantos litúrgicos na língua indígena

A Missa em honra a Nossa Senhora de Guadalupe, que apareceu a São Juan Diego, em 1531, na colina de Tepeyac, foi acompanhada por alguns cantos litúrgicos muito antigos e compostos em diversas línguas indígenas faladas naquela época .

Foi cantado um hino composto em língua náhuatl, que traz a narração do relato das aparições da Virgem.

Outros hinos foram cantados em idioma quéchua, mapuche e guarani. (JSG)

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