Quem imita Maria coloca em prática a Palavra de Deus: Frei Cantalamessa, no retiro do Papa
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 23-12-2019, Gaudium Press) Na terceira pregação do Retiro do Advento do Papa e da Cúria Romana, Frei Raniero Cantalamessa, tratou do tema: “Maria, Mãe de Deus” e sua reflexão refere-se ao mistério da Anunciação: “Maria, Mãe de Deus, dá à luz o seu filho primogênito”.
“Theotókos, Geradora de Deus”- No Natal, Maria dá à luz Jesus, e se torna, plenamente, Mãe de Deus. (Foto: Theotókos de Vladimir – Arquivo Gaudium Press) |
Conceber e Gerar
Frei Raniero lembrou que as Escrituras destacam dois elementos fundamentais sobre Maria, que correspondem à sua experiência humana, considerados essenciais para uma verdadeira maternidade: “conceber e gerar”.
Estes dois momentos estão presentes também em Mateus, recordou Cantalamessa, Maria “concebeu” por obra do Espírito Santo e “deu à luz” um filho.
E é por isso que, no Natal, quando Maria dá à luz Jesus, ela se torna, plenamente, Mãe de Deus, “Theotókos, Geradora de Deus”.
Mãe de Deus
O título “Mãe de Deus” é o mais antigo e o mais importante do dogma de Nossa Senhora, definido pelo Concílio de Éfeso, no ano 431, como “verdade de fé, que todos os cristãos devem crer”.
Este é o fundamento de toda a grandeza de Maria, o princípio da Mariologia, diz o Pregador da Casa Pontifícia.
A maternidade física e metafísica de Maria chega ao seu ápice com a maternidade espiritual, a primeira e mais santa filha de Deus, a primeira e mais dócil discípula de Cristo, continuou Frei Raniero, para, em seguida explicar ainda mais:
O título de “Mãe de Deus” é o fundamento da grandeza de Maria, o ponto de encontro dos cristãos.
Como conceber Jesus em nossos dias?
Então, perguntou o Frei Cantalamessa, como podemos nós, hoje, conceber, concretamente, Jesus, em nossas vidas, como o fez a sua Mãe?
“Mediante duas atitudes: escutando a Palavra e pondo-a em prática, respondeu.
Maternidade negativa
Para Frei Cantalamessa, em nossos dias, há duas maternidades negativas ou incompletas, isto é, dois tipos de interrupções da maternidade: o aborto e a pré concepção em proveta ou em úteros alugados.
Isto acontece por falta de fé ou por falta de obras, afirmou.
Existe hoje uma maternidade positiva?
Já pelo final de sua pregação Frei Cantalamessa perguntou aos ouvintes: qual o caso positivo, hoje, de uma verdadeira e completa maternidade, que nos torna semelhantes a Maria?
Ele mesmo respondeu citando São Francisco de Assis, que disse:
“Somos mães de Cristo, quando o levamos no coração e no corpo, através do amor divino e de uma consciência pura e sincera.
Damos à luz pelas obras santas, que devem resplandecer como exemplo para os outros…
Oh, como é santo, agradável, suave, amável e desejável ter como nosso irmão o filho de Maria, Jesus Cristo!”.
Frei Cantalamessa ainda lembrou que São Francisco ensina que “concebemos Cristo quando o amamos na sinceridade do coração e com a retidão de consciência, e o damos à luz quando cumprimos obras santas no mundo”.
A Concepção e o Nascimento do Menino Jesus: festas importantes para nós
O Pregador da Casa Pontifícia concluiu sua meditação afirmando que, entre as principais festas do Menino Jesus, as mais importantes são: a Concepção e o Nascimento, que nos levam a uma verdadeira mudança de vida, a uma vida nova.
Celebramos esta segunda festa de Jesus no Natal, quando decidimos mudar nosso estilo de vida e a participar da categoria de pobres e humildes que, como Maria, procuram unicamente encontrar graça diante de Deus.
Preparemos para o Natal, na escola da Mãe de Deus, recomendou o Frei Capuchinho aos seus ouvintes. (JSG)
(Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2019-12/raniero-cantalamessa-terceira-pregacao-advento-2019.html)
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