Ser Cristão e praticar os Mandamentos: um caminho de libertação, diz Papa
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 27-06-2018, Gaudium Press) O Calor do verão romano não foi empecilho para que 15 mil fiéis participassem hoje da Audiência Geral na Praça S. Pedro.
Novamente o Papa Francisco dividiu a Audiência em duas etapas. A primeira delas foi realizada na Sala Paulo VI, tendo como principais participantes pessoas enfermas que ali foram acomodadas.
A causa principal dessa divisão foi justamente o forte sol que elevou a temperatura da Praça. Na Sala Paulo VI os doentes tinham mais conforto e proteção e, além disso, puderam mais facilmente saudar o Pontífice.
Na Sala, as palavras do Papa foram de acolhimento e benevolência: “O Senhor reserva um lugar especial no seu coração para quem apresenta qualquer tipo de deficiência e assim também é para o Sucessor de São Pedro”.
Dez Mandamentos
Chegando depois à Praça, Francisco deu continuidade ao recém iniciado ciclo sobre os Mandamentos.
Suas reflexões foram voltadas para o texto inicial do Decálogo, quando lembrou que os Dez Mandamentos foram apresentados por Deus que assim iniciou sua apresentação: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te fiz sair do Egito, da casa da servidão” (Ex, 20,2).
Deus salva primeiro e, depois, pede
“Deus jamais pede sem dar antes. Primeiro ele salva, depois pede. Assim é o nosso Pai”, destacou o Papa para explicar que o Decálogo começa com a generosidade de Deus.
“Eu sou o Senhor teu Deus. ”
Comenta o Papa que aqui existe um possessivo, uma relação. Deus não é um estranho: é o teu Deus.
Para Francisco, isso ilumina todo o Decálogo e revela também o segredo do agir cristão, porque é a mesma atitude de Jesus, que diz:
“Assim como o Pai me amou, também eu vos amei” (Gv 15,9). Jesus não parte de si, mas do Pai.
Partir de si mesmo, leva a si mesmo!
“Nossas obras podem ser uma falência quando partimos de nós mesmos e não da gratidão. E quem parte de si mesmo….chega a si mesmo! É incapaz de progredir, volta para si, é uma atitude egoísta.”
Isso mostra, disse o Papa, a vida cristã é, antes de tudo, a resposta grata a um Pai generoso.
Francisco afirmou que ser cristão é um caminho de libertação e o cumprimento dos Mandamentos nos liberta do nosso egoísmo.
A formação cristã está baseada no acolhimento da salvação.
Deus salva no Mar Vermelho, depois liberta no Monte Sinai. A gratidão passa a ser um elemento característico do coração visitado pelo Espírito Santo, disse o Papa.
Para o Pontífice, “Deus não nos chamou à vida para permanecermos oprimidos, mas para ser livres e viver na gratidão, obedecendo com alegria Àquele que nos deu tanto, infinitamente mais daquilo que jamais poderemos dar a Ele. Isso é belo. Que Deus seja abençoado por tudo aquilo que fez, faz e fará em nós.” (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)
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