Celibato sacerdotal é tema de livro escrito por Bento XVI e Cardeal Sarah
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 13-01-2020, Gaudium Press) No próximo dia 15 de janeiro, será publicado o livro ‘Des profondeurs de nos cœurs’ (‘Do mais profundo de nossos corações’), de autoria do Papa Emérito Bento XVI junto com o Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. A obra trata sobre o sacerdócio e o celibato sacerdotal.
O jornal francês ‘Le Figarò’ publicou alguns trechos prévios do livro no qual Bento XVI ressalta que “da celebração cotidiana da Eucaristia, que implica um estado permanente de serviço a Deus, surge espontaneamente a impossibilidade de um vínculo conjugal”, e que “o chamado para seguir Jesus não é possível sem esse sinal de liberdade e renúncia a todos os compromissos”.
“Acho que o celibato tem uma grande importância ao abandonar um possível domínio terreno e um círculo de vida familiar; o celibato, inclusive, se torna verdadeiramente essencial para que nossa aproximação a Deus possa continuar sendo o fundamento de nossa vida e possa se expressar concretamente”, afirma o Papa Emérito.
Bento XVI destaca ainda a essência do ministério sacerdotal é estar diante do Senhor com “a Eucaristia como centro da vida sacerdotal”. “O sacerdote deve ser alguém que observa. Deve ter cuidado com os poderes ameaçadores do mal. Deve manter o mundo acordado para Deus. Deve ser alguém que esteja à frente: à frente da passagem do tempo. Na verdade. Precisamente no compromisso com o serviço do bem. Colocar-se diante do Senhor”, explicou.
Recordando a vigília de sua ordenação sacerdotal, Bento XVI contou que “estava profundamente gravado em minha alma o que significa ser ordenado sacerdote, além de todos os aspectos cerimoniais: significa que devemos ser purificados sem pausa e invadidos por Cristo para que seja Ele quem fale e aja em nós, e cada vez menos nós mesmos. Ficou claro para mim que esse processo de se tornar um com Ele e renunciar ao que é nosso dura toda a vida e inclui libertações e renovações dolorosas”. (EPC)
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