Papa aconselha cultivar relação com Jesus, fortalecer a Fé n’Ele, que é o pão da vida
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 06-08-2018, Gaudium Press) Sob uma temperatura abrasadora, milhares de peregrinos estiveram na Praça São Pedro neste XVIII Domingo do Tempo Comum, 05/08, para a recitação da oração mariana do Angelus com o Papa. O Papa exortou os presentes a “cultivar nossa relação” com Jesus, “fortalecer nossa fé n’Ele, que é o “pão da vida”.
O Pontífice tinha em mente o Evangelho de João que a liturgia propôs para as Santas Missas de todo o Mundo, quando recordou que “a Jesus não basta que as pessoas o procurem, ele quer que as pessoas o conheçam; quer que a busca por Ele e o encontro com
Ele ultrapasse a satisfação imediata das necessidades materiais”:
“Jesus veio para nos trazer algo mais, a abrir a nossa existência a um horizonte mais amplo em relação às preocupações cotidianas do alimentar-se, vestir-se, da carreira e assim por diante. Por isso, voltando-se a multidão, exclama: ‘Me buscais não porque vistes sinais, mas porque comestes daqueles pães e vos saciaste'”.
Deste modo Jesus “estimula as pessoas a darem um passo em frente, a interrogarem-se sobre o significado do milagre e não apenas para tirar proveito dele”.
Sinal do grande dom de Deus
Francisco explicou aos seus ouvintes que o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes “é sinal do grande dom que o Pai deu à humanidade, que é o próprio Jesus!”:
“Ele, verdadeiro “pão da vida”, quer saciar não apenas os corpos, mas também as almas, dando o alimento espiritual que pode satisfazer a fome mais profunda. Por isso convida a multidão a procurar não a comida que não dura, mas aquela que permanece para a vida eterna. Trata-se de um alimento que Jesus nos dá todos os dias: sua Palavra, seu Corpo, seu Sangue”.
Como nos tempos de Jesus…
O Papa lembrou que nós também ouvimos o convite de Jesus, mas não entendemos seu significado.
Como a multidão que seguia Jesus naquela época, as pessoas de hoje pensam que Jesus pede a elas “para observarem os preceitos para obter outros milagres, como a multiplicação dos pães”:
“É uma tentação comum, esta, de reduzir a religião somente à prática das leis, projetando em nossa relação com Deus a imagem da relação entre os servos e seus patrões: os servos devem executar as tarefas que o patrão determinou, para ter a sua benevolência. Isto o sabemos todos”.
Que fazer para agradar a Deus
A resposta que Jesus deu aos que perguntaram naquela ocasião que ações deve fazer para agradar a Deus, é a mesma que vale para nossos dias: “A obra de Deus é que vocês acreditem naquele que ele enviou”:
“Essas palavras são dirigidas também a nós hoje: a obra de Deus não consiste tanto no “fazer” coisas, mas em “crer” n’Aquele que Ele enviou. Isto significa que a fé em Jesus nos permite realizar as obras de Deus. Se nos deixarmos envolver nesta relação de amor e confiança com Jesus, poderemos fazer boas obras que perfumam de Evangelho, pelo bem e às necessidades dos irmãos”.
Preocupar-se com algo além do pão
Já no final de sua exortação, o Papa afirmou que é importante preocupar-se com o pão, porém, mais importante ainda “é cultivar nossa relação com Ele, fortalecer nossa fé n’Ele, que é o “pão da vida”, vindo para saciar a nossa fome de verdade, a nossa fome de justiça, a nossa fome de amor”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)
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