Os jovens devem ser sujeitos do anúncio do Evangelho, afirmam padres sinodais
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 05-10-2018, Gaudium Press) No terceiro dia da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano, sobre o tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, chegou-se a uma descrição de onde chega a esperança dos Padres sinodais:
“Os jovens não devem ser objeto, mas sujeito da proclamação do Evangelho”.
A ideia definida é a de um renovado protagonismo missionário na Igreja, em campo social e político, para que as novas gerações sejam fermento e luz do mundo, artífices da paz e da civilização do amor.
Igreja: a Casa Materna, Mãe, Lar
Para os padres sinodais, “A Igreja é chamada a ser mãe e lar, empatia e escuta, voz dos que não tem voz, especialmente para os que se encontram em situações difíceis, pedras descartadas que, graças ao anúncio da Boa Nova, podem se tornar “pedras angulares” na construção de um mundo melhor”.
Segundo a ideia que dominou essa reunião de ontem à tarde (04/10) entre os padres sinodais é de que o consumismo no Ocidente corre o risco de apagar o entusiasmo da juventude, que, muitas vezes, é desorientada, sem ideais e sem fé, também por causa das novas ideologias.
Por isso, há urgente necessidade de uma pastoral renovada, capaz de ouvir e transmitir o olhar amoroso de Jesus, como também de se expressar com uma linguagem jovem, além daquela digital.
Segundo os bispos participantes do Sínodo, “Os jovens ajudam os adultos a se situar no presente e esperam da Igreja um sinal profético de comunhão, em um mundo dilacerado. Eles são o coração missionário da Igreja”.
Neste sentido, lançaram a proposta de instituir um Pontifício Conselho especialmente para eles.
Os participantes nos trabalhos sinodais recordaram também “o pedido de uma renovação espiritual”, que emergiu dos questionários preparatórios do Sínodo.
Liturgia, oração, santificação
Por fim, durante as intervenções sinodais, foi realçada a importância de relançar a Catequese e a Liturgia, que, junto com a devoção popular, salvaguardaram a fé de muitos cristãos, em contextos de perseguição.
Por isso, sugeriram eles, é preciso ainda falar aos jovens sobre a importância da oração. Mas, por sua parte, é essencial que também a Igreja reze pelos jovens e pela sua vocação.
Com efeito, os jovens anseiam pela dimensão do silêncio e da contemplação, mas, quando não a encontram na Igreja, procuram em outros lugares.
Segundo os Padres sinodais, a Igreja deve dar maior assistência e acompanhamento espiritual aos jovens, colocando em evidência os valores eternos, que levam à verdadeira felicidade, mediante uma proposta evangélica, segundo seu período de maturação.
É neste sentido que os muitos Santos que enriquecem a história da Igreja, podem servir de exemplo de grande atualidade. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)
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