Novos membros da Guarda Suíça prestam juramento no Vaticano
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 07-05-2019, Gaudium Press) Na tarde da última segunda-feira, 06 de maio, ocorreu a cerimônia solene de juramento de novos soldados da Guarda Suíça. O evento aconteceu, como já é tradição, no Pátio São Dâmaso do Palácio Apostólico.
Os 23 novos guardas juraram sob a bandeira do Corpo, na presença do conselheiro federal Ignazio Cassis, do chefe do exército Philippe Rebord, além de uma delegação do cantão Ticino, convidada de honra para esta ocasião. Também estiveram presente o Bispo de Lugano (Suíça), Dom Valerio Lazzeri; e o Bispo Emérito, Dom Pier Giacomo Grampa, entre outros.
O juramento, lido pelo capelão e repetido pelos novos recrutas nos quatro idiomas nacionais da Suíça foi o seguinte: “Juro servir com fidelidade, lealdade e honra, o Pontífice reinante, Francisco e os seus legítimos sucessores, dedicar-me com todas as forças, sacrificando, se necessário, também minha vida em sua defesa. Assumo os mesmos deveres para com o Colégio Cardinalício durante a vacância da Sé Apostólica. Prometo também respeito, fidelidade e obediência ao Comandante e aos outros Superiores. Assim juro, que Deus e nossos Santos Padroeiros me assistam”.
No total, os guardas suíços são 135 e para ingressar neste exército de elite é necessário ser católico praticante, realizar o serviço militar na Suíça, ter menos de 30 anos de idade e um recorde de boa conduta, entre outros requisitos. Segundo o regulamento, cada guarda deve prestar serviço por um mínimo de 26 meses.
500 anos de história
Os primeiros guardas suíços chegaram ao Vaticano no ano de 1506, a pedido do Papa Júlio II. A data oficial da instituição da guarda é o dia 22 de janeiro de 1506, data na qual os 150 suíços do Cantão Uri entraram sob o comando do capitão Kaspar von Silenen, pela primeira vez no Vaticano sendo, então, abençoados pelo Papa.
Na manhã do dia 6 de maio de 1527, enquanto os “lanzichenecchi”, soldados mercenários de infantaria recrutados pelas Legiões Alemãs do Sacro Império, invadiam o Borgo Santo Spirito e San Pietro em Roma, a Guarda Suíça Pontifícia e as poucas tropas romanas, resistiam.
No total, apenas 42 dos 189 suíços em serviço sobreviveram. Esses bravos guerreiros sob o comando de Hércules Goldli, acompanharam o Papa Clemente VII no seu refúgio no Castel Sant’Angelo. (EPC)
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