Restauração de Crucifixo do século XIV é tema do livro lançado nos Museus do Vaticano
Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 30-05-2019, Gaudium Press) Na tarde da última quarta-feira, 29, foi lançado nos Museus do Vaticano um livro no qual é contada a história de um Crucifixo de madeira da Basílica Vaticana, de autor anônimo, datado do século XIV e recentemente restaurado.
O livro foi apresentado na sala de conferências dos Museus, por Barbara Jatta, diretora dos Museus Vaticanos; Pietro Zander, diretor do Departamento de Conservação e Restauração dos Bens Artísticos de São Pedro; juntamente com o Cardeal Angelo Comastri; o Cardeal James Francis Stafford; e os restauradores Giorgio Capriotti; e Lorenza D’Alessandro.
A obra, que também foi disponibilizada em formato e-book no site da Fundação Cavaleiros de Colombo, está dividida em 12 capítulos, que trazem importantes contribuições na qual são analisadas em profundidade cada uma das fases da restauração. Tudo isso ilustrado por um rico aparato iconográfico, que descreve em detalhes as intervenções subsequentes na obra e as mudanças sofridas ao longo dos séculos.
No livro há ainda relatos sobre os quinze diferentes locais onde o Crucifixo foi colocado ao longo dos séculos, entre a antiga e a nova Basílica e sobre as restaurações do passado, como aquela realizada por Mattia Gomez, de 1749 a 1750.
Durante o lançamento se falou dos desafios para a restauração do crucifixo, que durou um total de 493 dias (de 11 de julho de 2015 a 29 de setembro de 2016), exigindo dos profissionais um trabalho excepcional e de alto profissionalismo.
Os restauradores explicaram que ao longo do tempo, o Crucifixo foi deteriorado por insetos e por intervenções arbitrárias, resultando um total de nove camadas pictóricas sobre a tez e quinze sobre o pano.
Atualmente, é possível admirar o Cristo, de 2,15 metros de altura e com uma abertura dos braços de 1,96 metros, colocado sobre uma nova cruz de madeira de nogueira, na Basílica de São Pedro. Além disso, também se pode apreciar a policromia redescoberta e as saliências originais, em esplêndidas anatomias.
Em sua intervenção, o Cardeal Angelo Comastri ressaltou a maravilha espiritual produzida pela visão da obra, recordando que o crucifixo grita o amor apaixonado de Deus pela humanidade. Já o Cardeal Stafford, destacou que “Deus reinou da Cruz”, falando aos presentes sobre a beleza de três diferentes crucifixos romanos: o da Basílica de São Pedro, o da Basílica São Paulo e o da Basílica Santa Maria em Trastevere. (EPC)
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