"Abandonar o egocentrismo e não temer a diversidade", recomenda Papa
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 12-06-2019, Gaudium Press) Na manhã desta quarta-feira, 12 de junho, o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre os Atos dos Apóstolos.
Cerca de 20 mil pessoas estavam na Praça São Pedro para assistirem essa Audiência Geral.
A Ressurreição não é um evento qualquer
Francisco deu início a suas palavras afirmando que a Ressurreição de Cristo não foi um evento entre outros, mas a fonte da vida nova.
Os discípulos do Senhor sabiam disso. Foi por isso que ficaram unidos a Maria, perseverantes na oração e fortalecidos na comunhão.
Eles, então, procuraram recompor colégio dos apóstolos que, após a Paixão do Senhor, ficara reduzido a 11 membros, depois da traição e morte de Judas Escariotes.
Judas tinha tido a graça incomensurável de estar entre os mais íntimos de Jesus. Ele participava do ministério do Senhor, porém, em determinado momento o orgulho dominou sua alma.
Judas isolou-se, apegou-se ao mundo, aos bens materiais, tornou-se egoísta.
Por isso os valores que aprendera a cultivar foram baralhados em sua alma e ele preferiu o mal: trocou o Mestre por 30 moedas, trocou o bem pelo mal, preferiu a morte à vida, comentou o Papa.
Diferença de atitude dos Apóstolos
Diferente foi a escolha dos Apóstolos: eles escolheram a vida e a bênção.
Mas era necessário eleger alguém para o lugar de Judas.
A indicação de Pedro foi para que fosse escolhido alguém que tivesse sido discípulo de Jesus desde o Batismo no Jordão até a Ascensão de Jesus ao Céu.
Matias foi eleito. Sem dúvidas com graças de discernimento de espírito comum para todos, que os levava a procurar a realidade com os olhos de Deus segundo a ótica da unidade entre os discípulos e a comunhão a comunhão entre eles.
Isolamento, divisão, comunhão
Para Francisco, ” O novo corpo dos Doze é um sinal de que a comunhão vence sobre as divisões e o isolamento, que a comunhão é o primeiro testemunho oferecido pelos Apóstolos da obra de salvação de Cristo e da ação de Deus na história, na fidelidade às palavras do Senhor. “
Exortação
O Pontífice, ao encerrar suas reflexões, recomendou testemunhar o Ressuscitado, abandonando atitudes egocêntricas, renunciando a apropriar-nos dos dons de Deus e não cedendo à mediocridade.
Para ele, “a recomposição do colégio apostólico demonstra que no DNA da comunidade cristã existem unidade e liberdade de si mesmos. Isto permite não temer a diversidade, não se apegar às coisas e dons e tornarmo-nos mártires, testemunhas luminosas do Deus vivo e atuante na história”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)
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