Eritreia: Governo fecha hospitais católicos
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 18-06-2019, Gaudium Press) O governo da Eritreia nacionalizou os hospitais do país.
Diante da negação dos administradores dos hospitais católicos de assinar o documento que aprova a passagem da propriedade deles para o Estado, o governo fechouos centros de saúde pertencentes à Igreja Católica.
Disposição aplicada nos últimos anos
Falando ao Vatican News, Enrico Casale, jormalista da revista África dos Padres Brancos explicou que “O governo atual aplicou uma lei, aprovada em 1995, que evocava para si todas as estruturas de saúde presentes no território. Porém, a lei nunca tinha entrado em vigor e agora”.
Esta disposição tornou-se efetiva nos últimos anos: entre 2017 e 2018 foram fechadas oito clínicas católicas.
Pobres, os mais prejudicados
Casale conta que “A Igreja administrava uma série de atividades de caráter social em favor das classes mais pobres”.
Era a Igreja, por exemplo, que ajudava a população afar, que são nômades da Dancalia.
No ano passado eles foram privados único centro médico da região, que era administrado por Casale e representava uma coluna do sistema de saúde nacional”.
São cerca de 40 entre hospitais, centros de saúde, ambulatórios, todos a serviço da população, sem qualquer distinção de etnia ou religião, que fornecem atendimentos quase sempre gratuitos.
Tentativa de diálogo dos bispos católicos
Em abril deste ano, os bispos católicos publicaram uma Carta pastoral, na qual pediam “um processo de reconciliação nacional que garantisse justiça social” para todos: seguindo os passos do acordo de paz assinado com a Etiópia o pedido era que o governo introduzisse profundas reformas para ajudar a população que sofre de carências endêmicas.
Estas palavras não foram bem recebidas pela cúpula política.
(JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)
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