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Boko Haram: em 10 anos, milhares de mortes e terror, na Nigéria

Roma – Itália (Quarta-feira, 31-07-2019, Gaudium Press) Nas línguas faladas no Norte da Nigéria, a expressão Boko Haram poderia ser traduzida como algo que afirma uma ideia iminentemente religiosa: “a educação ocidental ou não-islâmica é um pecado”.

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E este é o nome de uma organização fundamentalista islâmica que usa métodos terroristas buscando a imposição radical do direito islâmico, a Xaria.

Intensificação dos ataques

Na Nigéria, nos últimos meses, os militantes do Boko Haram têm intensificado seus ataques contra civis e o exército saqueando comida, queimando casas, torturando, matando.

Os cristãos são seus alvos preferidos, embora ataquem a todos que julguem ser contra seus princípios religiosos.

Na quinta-feira passada (25/07), eles atacaram um campo de refugiados na periferia da capital regional de Maiduguri, matando duas pessoas e saqueando alimentos.

Mas, foi no último sábado, 27 de julho, que ocorreu o atentado mais grave atribuído ao grupo fundamentalista muçulmano, desde o início deste ano.

Homens fortemente armados mataram 65 pessoas, depois de uma cerimônia fúnebre em uma vila no nordeste do país, a 90 Km de Maiduguri.

Para o dirigente do governo local, Muhammed Bulama, esse ato terrorista foi uma represália à morte de 11 combatentes do grupo e à apreensão de 10 fuzis automáticos por moradores há duas semanas.

Dez anos de ataques

Tendo em mente que “a educação ocidental é pecado”, o Boko Haram completa dez anos de ações terroristas que espalham morte e medo no nordeste da Nigéria.

Nos últimos anos, suas ações foram para além das fronteiras nigerianas alcançando a República do Chade e Camarões.

Dez anos de uma histíria em que, religiosamente, desenham um rastro de violência que, segundo dados fornecidos pela ONU, levou a morte a cerca de 27 mil pessoas e que obrigou 2,8 milhões de civis a abandonar as casas. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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