"O Pão da Vida que nos alimenta é digno de adoração e louvor", diz o Arcebispo de Santa Maria
Santa Maria – Rio Grande do Sul (Quinta-Feira, 18/06/2014, Gaudium Press) Dom Hélio Adelar Rubert, Arcebispo metropolitano de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, escreveu um artigo com o título “Jesus vai passar: Corpus Christi”. No texto, o Prelado afirma que na proximidade da páscoa judaica, Jesus disse a Pedro e João: “Ide fazer os preparativos para comermos a ceia pascal” (Lc 22,8). Na ocasião, Jesus mandou que eles entrassem na cidade e lá encontrariam pessoas para indicar o lugar onde celebrar a Páscoa.
O Arcebispo explica que para os cristãos a celebração da Ceia Pascal acontece na Quinta-feira Santa, por isso não se faz uma festa pública por ser a Semana Santa. Segundo ele, somente no ano de 1264 o Papa Urbano IV instituiu a festa de Corpus Christi, e sua decisão foi tomada por influência da Irmã Juliana de Mont – Cornillon, incentivadora da adoração a Jesus presente na Eucaristia. Dom Hélio destaca que o Papa Urbano estabeleceu esta festa pública na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, no mundo todo, em honra da presença de Jesus na Eucaristia.
“É por isso que o Santíssimo é levado no ostensório pelas ruas da cidade como expressão de sua presença no meio do povo e na história de nossas cidades. É importante ter presente que é Jesus que entra em nossa cidade. Ele percorre nossas ruas, é adorado e aclamado pela fé do povo. Ele quer comer a ceia pascal com os seus discípulos que somos nós. Comer a ceia da Páscoa é fazer uma experiência de fraternidade, de solidariedade e partilha”, salienta.
Ainda de acordo com o Prelado, se o amor de Jesus está presente não pode haver injustiça, opressão ou ódio. Para ele, Jesus entra em nossas famílias e nos ensina que deve existir comunhão com perdão, com ternura e misericórdia. Além disso, o Arcebispo diz que é Jesus que ensina a perdoar: perdoar o esposo, a esposa, o filho, a sogra, o vizinho, o companheiro de trabalho, o colega de escola, enfim, a todos.
Dom Hélio cita também algumas palavras de Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador e primaz do Brasil: “Entrando em nosso coração, o Senhor nos propõe uma aliança. Ele se oferece, oferece sua Palavra, sua amizade, seus sacramentos e sua Igreja. E o que nos pede? Fidelidade ao Batismo, coerência de vida, entusiasmo por sua pessoa e dinamismo missionário. Esse dinamismo é tanto mais necessário, quando se sabe que há muitos que ainda não conhecem as riquezas do amor de Cristo e, por isso, não o aceitam como Senhor”.
Outra questão abordada pelo Prelado é que a presença eucarística em nossa igreja é fruto da necessidade de serem guardadas as hóstias consagradas para serem levadas aos doentes e idosos que estiverem em perigo de vida e impossibilitados de participarem da Eucaristia no templo. Em cada Santa Missa, Jesus na pessoa do sacerdote, diz: “Tomai e comei, isto é o meu corpo… Tomai e bebei, isto é o meu sangue” (Mt 26,26-28).
“Jesus, além de se oferecer ao Pai, se oferece a todos como alimento de vida, assegurando que ‘quem comer deste pão, viverá eternamente; o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo’ (Jo 6,51-52). Esse Pão da Vida que nos alimenta é digno de adoração, respeito e louvor. Na procissão é Jesus que passa pelas nossas ruas enfeitadas e pelo tapete do Altar Monumento. É a festa de sua presença, de nosso louvor, adoração e partilha”, avalia.
Por fim, Dom Hélio recorda que na Arquidiocese de Santa Maria a festa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, que acontecerá no dia 19 de junho, terá início às 14h30, com a procissão, saindo do Hospital de Caridade, seguido de Santa Missa, às 15h30, no Altar Monumento da Medianeira. (FB)
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