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Bispos italianos pedem auxílio a migrantes africanos

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Barco com imigrantes ilegais vindos da Tunísia chega à ilha de Lampedusa

Roma (Sexta-feira, 18-02-2011, Gaudium Press) Os migrantes da região norte da África (Magreb) que desembarcaram na lha italiana de Lampedusa no começo desta semana, fugindo das recentes instabilidades dos países da região, devem receber proteção dos mecanismos de acolhimento. Este é um pedido feito pelos bispos da Comissão Episcopal para as Migrações (CEMI) e da Fundação Migrantes ao governo italiano.

Segundo a CEMI “quem foge hoje do norte da África tem medo de uma guerra civil e por este motivo, é preciso acatar a solicitação de pessoas que pedem proteção internacional”. As entidades afirmam ainda que é preciso “implantar mecanismos para oferecer asilo e proteção humanitária para estas pessoas, assim como reforçar a cooperação internacional para que respondam imediatamente às necessidades das famílias e das cidades do norte da África”.

O principal objetivo dos bispos italianos é evitar que se repita o fato ocorrido em 2009. Naquele ano, a Anistia Internacional (AI) denunciou que o governo italiano estava interceptando refugiados em águas internacionais e os enviando, sem proteção, para a Líbia, onde os migrantes eram vítimas de maus tratos e obrigados a retornar ao seu país de origem. A Anistia Internacional afirma que no período de 6 a 11 de maio daquele ano, mais de 500 pessoas passaram por esta situação.

No último final de semana, dezenas de imigrantes chegaram pelo litoral sul da Itália, especialmente na ilha de Lampedusa.

Na Sicília, uma barcaça com 16 pessoas a bordo foi interceptada no Canal da Sicília e conduzida pelas autoridades locais à cidade de Pozzallo, onde as pessoas foram transferidas a um centro de identificação.

As boas condições do mar na região e a tensão política vivida em alguns países no norte da África, provocaram a chegada em massa de imigrantes à Itália. No último sábado, o governo italiano decretou “estado de emergência humanitária” pela chegada de imigrantes ilegais procedentes, em sua maioria, da Tunísia.

Segundo comunicado emitido pelo Executivo italiano, “esta medida permitirá a adoção imediata sob a responsabilidade da Defesa Civil, das medidas necessárias para controlar o fenômeno e auxiliar os cidadãos fugidos dos países norte-africanos”.

 

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