Bispos da Polônia comemoram o Centenário da fundação da Milícia da Imaculada
Polônia – Cracóvia (Quarta-feira, 13-12-2017, Gaudium Press) Os Bispos da Polônia elaboraram recentemente uma Carta Pastoral por ocasião do Primeiro Centenário da fundação da Milícia da Imaculada, a principal obra apostólica de São Maximiliano Kolbe e para cujo sustento idealizou diversas iniciativas de comunicação que o converteram no célebre evangelizador e promotor da devoção à Santíssima Virgem. Os prelados assinalaram que a Milícia constituiu “uma forma de encarnação do dogma mariano na prática da vida cotidiana”.
“Este ano se completam cem anos desde a fundação da Milícia da Imaculada. Seu surgimento resultou principalmente do desejo de salvar almas, mas também da necessidade de seu tempo”, descreveram os Bispos. “Foi então quando se finalizou a Primeira Guerra Mundial, se jogaram as sementes da Revolução de Outubro e se intensificaram as atividades anticlericais da maçonaria. Por outro lado, a Mãe de Deus em Fátima revelou mistérios e chamou à conversão”. O Padre Kolbe convocou um punhado de religiosos para iniciar um movimento aberto a todos os fiéis comprometidos a uma devoção total à Santíssima Virgem.
Os Bispos citaram uma das cartas do Santo, escrita em 1933, na qual ele descreveu a inspiração que motivou a criação de um exército espiritual de consagrados à Santíssima Virgem que combate o trabalho do maligno em meio da sociedade. “Queremos pertencer à Imaculada de tal maneira que não fique nada em nós que não lhe pertença, aniquilarmo-nos nEla, sermos transformados nEla, sermos ‘transubstanciados’ nEla, que não fique senão Ela… que sejamos seus como Ela é de Deus”, descreveu o Santo franciscano.
História e presente da Milícia
Os Bispos descreveram a história do movimento, que levou o religioso a fundar na Polônia a “Cidade da Imaculada”: Niepokalanow, dedicada por inteiro à promoção da devoção através de publicações como o “Cavaleiro da Imaculada” que chegou a ter uma circulação média de 800 mil cópias e um recorde de um milhão em 1938. “Com o aumento na popularidade da publicação mensal, as filas da Imaculada Conceição cresceram rapidamente, o número dos quais em outono de 1939 cresceu para quase um milhão de membros”, relataram os Bispos. “Provocou um renascimento do espírito religioso na Polônia e contribuiu para elevar a moralidade e a consciência católica, da sociedade”. A obra se estendeu para o Japão, onde São Maximiliano fundou o “Jardim da Imaculada”: Mugenzai no Sono.
Os Bispos recordaram que este primeiro florescimento freado pela Segunda Guerra Mundial, durante a qual foi martirizado o Padre Kolbe, e seu movimento tomou outras formas como o Movimento Juvenil da Milícia da Imaculada Conceição, a Escola da Evangelização da Imaculada Conceição e os Cavaleiros da Imaculada aos Pés da Cruz. “A Milícia da Imaculada ainda está em desenvolvimento. Existe por volta de 50 países. Estima-se que, desde a sua fundação até hoje, mais de 4 milhões de pessoas foram registradas no mundo, incluídos por volta de 2 milhões na Polônia”, indicaram. “Há vinte anos, a Igreja reconheceu os Cavaleiros da Imaculada como uma associação pública, universal e internacional de fiéis e aprovou seus Estatutos”.
“Nos tempos atuais, a cavalaria aparece como uma espécie de antídoto contra todo tipo de conflitos e escravidões da alma humana. A ideia dos Cavaleiros da Imaculada Conceição foi incluída no chamado “Dyplomiku” e no ato de oração de devoção à Imaculada. Aceitar estes conteúdos e colocá-los em prática nos moldará no caminho de Maria Imaculada”, afirmaram os prelados em sua Carta. Os prelados recordaram que qualquer pessoa pode se inscrever como membro contactando ao Centro Nacional da Milícia em Niepokalanów. Os fiéis se comprometem a recorrer ao sacramento da Penitência, participar da Eucaristia e a fazer “um ato de total dedicação à Imaculada. A fórmula do ato está no ‘Dyplomiku’. Como um sinal de devoção, a Medalha Milagrosa deve ser pendurada no seu pescoço”.
Os Bispos expressaram seu compromisso de oração pelo ideal de São Maximiliano Kolbe à Santíssima Virgem, a Imaculada Conceição, que media diante Deus “para guiar-nos ao dulcíssimo Coração de Jesus, nas filas de sua cavalaria”. (EPC)
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