A Dignidade da Música Sacra na visão de um cineasta
Edmonton – Canadá (Quarta-feira, 17-05-2017, Gaudium Press) O cineasta e designer canadense Brian Holdsworth publicou uma coluna de opinião em vídeo na qual aborda o tema da música sacra e sua devida dignidade a partir de uma perspectiva insuspeita: a comparação da música litúrgica com a técnica empregada para musicalizar as obras cinematográficas. Apesar da liturgia não ser comparável ao entretenimento, a proposta pode gerar uma saudável reflexão, que o autor resumiu em um chamado concreto: “façam que a música da igreja seja grandiosa novamente”.
Diante do debate sobre o que constitui uma música sacra apropriada para as Missas, o cineasta não pretende abordar os temas mais profundos, mas uma visão externa a partir de sua especialidade. “Já que eu não sou um teólogo nem um liturgista, não creio que possa descobrir algo novo nesse aspecto do debate, mas creio que posso dar alguma perspectiva usando uma analogia que fala de algo no qual tenho experiência, que é a produção de filmes”, expôs.
Para a indústria de cinema, a música é tão importante que inclusive é ocasionalmente estudada antes de começar a filmagem. “A música é tão significativa em fixar o tom e o ritmo de um filme que necessita alinhar-se com a visão do filme desde o início”, comentou. “Quando trata-se do culto dominical, deveríamos escolher e compôr música que fosse apropriada e que refletisse o que está se passando diante de nós, o que leva à pergunta: O que está passando?”.
A resposta da Igreja é que se trata da escuta da Palavra de Deus e a atualização do sacrifício de Cristo da mesma maneira como Cristo mesmo o fez na Última Ceia. “Este é provavelmente o momento mais importante de toda a história humana na qual Jesus estabelece este ritual que significa o incrivelmente desgarrador sacrifício que ia realizar”. Disto se desprende outra pergunta: “Este é o drama que se desenvolve para nós o domingo. Com isto em mente, podemos nos perguntar: que tipo de música deveria acompanhar esse drama?”.
A partir de uma perspectiva de cineasta, as características da música que Holdsworth escolheria seria “emocionante, épica e intensamente espiritual. Deveria ser tudo menos ligeira e trivial”. Sem desenvolver mais profundamente estas características, o autor fez um chamado final: “Se você é um líder musical ou um compositor, apontemos mais alto. Produzamos música que seja digna do drama que se desenvolve para nós cada domingo”. (EPC)
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